Semu e Fapema vão mapear mulheres em situação de vulnerabilidade
Uma reunião entre dirigentes, técnicos e pesquisadores da Secretaria de Estado da Mulher (Semu) e a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) deu início, na terça-feira (11), ao projeto de pesquisa que pretende coletar dados sobre as mulheres em situação de vulnerabilidade em São Luís.
Como não existe dados oficiais sobre a condição de vida dessas mulheres, o foco inicial da pesquisa serão 17 áreas de prostituição mapeadas no município de São Luís, trabalho que poderá ser ampliado para todo estado. Em 2008, a Associação das Profissionais do Sexo do Maranhão (Aprosma) tinha 1.050 profissionais cadastradas, das quais 400 atuavam no centro. A estimativa é que o número aumente anualmente.
Um grupo de profissionais do sexo será treinado para a aplicação dos questionários junto às mulheres em situação de vulnerabilidade. De Jesus Costa, presidente da Aprosma e membro da equipe técnica da Semu, acredita na eficiência deste trabalho porque “a gente fala a língua da nossa companheira” acrescentou. De Jesus acrescentou que, desta forma as informações obtidas na pesquisa serão mais precisas, além de ser uma forma de inclusão da categoria no trabalho.
Durante a pesquisa serão coletadas as demandas da categoria, que servirão de base para amparar o desenvolvimento de políticas públicas. Como não existem dados estatísticos sobre as mulheres em situação de vulnerabilidade no Maranhão é difícil a elaboração e aplicação de políticas que atendam as reais necessidades do gênero. A partir deste trabalho, a Semu pretende ampliar a pesquisa para todo o Maranhão e, posteriormente construir um banco de dados que dará aporte ao acompanhamento e desenvolvimento de políticas públicas eficazes para este segmento social.
Participaram da reunião a assessora técnica da Semu, Conceição Sampaio; a assessora de Planejamento Estratégico da Fapema, professora Gilza Prazeres; as professoras da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Mary Ferreira e Sandra Nascimento, e as representantes da Associação das Profissionais do Sexo de São Luís (APROSMA).