Seminário debate importância da Propriedade Intelectual no MA
Por que inovar? Qual a importância de se proteger uma criação? O que falta ao Maranhão para desenvolver seu potencial tecnológico? Esses foram alguns dos questionamentos que motivaram a promoção, nesta manhã (13), do seminário “Propriedade Intelectual como Instrumento Estratégico de Fomento à Inovação”. O evento foi uma iniciativa da Secretaria da Indústria e Comércio, em parceria com a FAPEMA, SEBRAE, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e FIEMA.
O secretário adjunto da Indústria e Comércio, José Clementino Silva Júnior, destacou a parceria que já existe há mais de 10 anos entre a secretaria e o INPI e os novos acordos que estão sendo celebrados com a finalidade de difundir a cultura da inovação no Maranhão. “Precisamos trabalhar a inovação como prioridade no nosso Estado, valorizando as criações e, sobretudo, contribuindo para esse novo momento econômico e industrial pelo qual passamos. Fortalecer parcerias com as agências de fomento, como a FAPEMA, as universidades e o setor produtivo é essencial a esse processo de sensibilização da classe empresarial e da comunidade científica”, destacou.
Alberto Moreira da Rocha, chefe da divisão do INPI na região nordeste, foi o primeiro palestrante do seminário. Durante sua apresentação fez um panorama da propriedade industrial no País. “De seis milhões de patentes em vigor no mundo todo, temos apenas 25 mil pedidos de patente no Brasil, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, são mais de 450 mil. Esse dado é um indicador da falta de conhecimento e de cultura da proteção no Brasil”, avaliou.
A diretora do Departamento de Apoio a Projetos de Inovação e Gestão de Serviços Tecnológico (DAPI) da UFMA, Gilvanda Silva Nunes, que palestrou sobre comercialização e transferência de tecnologia, defendeu a criação de políticas de incentivo à inovação. Segundo a pesquisadora, “é necessário implantar uma cultura de inovação local, pois, somente assim, outros atores que fazem parte dessa cadeia poderão vislumbrar o desenvolvimento de novos produtos e até a proteção intelectual desses produtos, por meio de patentes, de modelos de utilidade, registro de marcas, dentre outros”.
O pesquisador Fernando Antônio Neiva de Araújo compartilhou do mesmo entendimento, ao afirmar que “tão importante quanto inventar é proteger essa invenção”. O pesquisador cearense foi convidado a apresentar o caso de sucesso da sua empresa, a INCOMED, com o uso do sistema de propriedade industrial.
A diretora-presidente da FAPEMA, Rosane Nassar Meireles Guerra, reforçou mais uma vez a criação de instrumentos que coloquem o Maranhão na agenda da inovação. A FAPEMA lançou, em 2010, os editais “Programa de Apoio a Pesquisas nas Empresas (Pappe-Subvenção Econômica)” – que dispôs R$ 1,4 milhão para a busca de soluções tecnológicas com possibilidade de inserção no mercado – e o “Rhae – Pesquisador na Empresa”, que estimula mestres e doutores a desenvolver ideias para implantação no setor produtivo.
Rosane Guerra destacou, ainda, a importância de promover iniciativas de sensibilização, a exemplo do Encontro de Inovação Maranhense, que será promovido pela FAPEMA, no próximo semestre, pela segunda vez; o workshop de inovação promovido pela UFMA, na semana passada; e o seminário promovido hoje pela secretaria da Indústria e Comércio. “É com grande entusiasmo que apoiamos essas ações e constatamos que outras instituições também sentem a necessidade de investir em eventos que estimulem a inovação”, finalizou.