Relação Porto-Cidade é analisada em estudo

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Por Ivanildo Santos 3 de fevereiro de 2015

Imagem-ilustrativa-do-Porto-do-ItaquiA pesquisa coordenada pelo professor da Universidade Federal do Maranhão, Sérgio Sampaio Cutrim, doutorando em Engenharia Naval e Oceânica, tem por objetivo construir um mapeamento da relação Porto-Cidade, a partir do Complexo Portuário do Itaqui. O trabalho busca ainda identificar os principais conflitos entre os atores envolvidos no setor e propor um modelo institucional de relacionamento entre os órgãos públicos municipais e estaduais e as empresas portuárias.

O conhecimento e a experiência que deverão ser produzidos por este projeto, a ser concluído ainda neste ano, contribuirão para a geração de vantagens competitivas na relação porto-cidade no Maranhão. A pesquisa tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) por meio do edital Universal – Nº01/2013.

Os resultados preliminares, segundo Sérgio Cutrim, permitem concluir que existem dois grupos claramente definidos em relação à análise do conflito na relação porto-cidade. O primeiro, por ora classificado como relacionamento harmônico e sem conflitos relevantes, envolve as empresas do complexo portuário de São Luís e as instituições governamentais.

“Apesar da não identificação de conflitos relevantes neste primeiro grupo, observou-se uma clara falta de sinergia, comunicação, alinhamento e planejamento entre os entes municipais, estaduais e a administração portuária. O outro grupo pertence às comunidades adjacentes a região portuária e as empresas do setor portuário, por ora classificado como desarmônico, onde identificou-se alguns conflitos envolvendo o uso e ocupação do solo, questões ambientais e trabalhistas”, revela Sérgio

O segundo e mais importante resultado se refere à estruturação do modelo de relacionamento institucional que se baseia na criação de uma Secretaria Municipal de Portos. “Ao final da pesquisa espera-se contribuir para o melhoramento na relação entre a cidade e o complexo portuário de São Luís, na diminuição dos conflitos entre os grupos de stakeholders (partes interessadas) e na melhor administração dos interesses econômicos, sociais e ambientais relacionados ao Porto do Itaqui e seus terminais portuários privados”, enfatiza o pesquisador.

Como parte da metodologia do trabalho, foram realizadas entrevistas junto às comunidades adjacentes ao complexo portuário, com representantes da ANTAQ (Agência Nacional de Transporte Aquaviário), Secretaria de Planejamento do Estado do Maranhão, CGE (Controladoria Geral do Estado), Secretaria Municipal de Portos da cidade de Santos e EMAP (Empresa Maranhense de Administração Portuária), segundo informou o pesquisador.