Redes de Pesquisa são tema de mesa redonda no 8º SBPJor

Sbpjor
Por Ivanildo Santos 10 de novembro de 2010

SbpjorNo 8º Encontro da Associação Brasileira de Pesquisa em Jornalismo (SBPJor), que São Luís sedia até hoje (10), uma mesa redonda que aconteceu na manhã desta terça-feira (09) formada por representantes da FAPEMA, Ipea e UnB debateu os caminhos das redes de pesquisa no Brasil.

 

Durante sua apresentação, a diretora-presidente da FAPEMA, Rosane Nassar Meireles Guerra, discorreu sobre alguns convênios e cooperações técnicas que a Fundação mantém com instituições nacionais e internacionais e destacou ainda a importância do trabalho em rede. “Embora tardiamente, o Brasil despertou para a necessidade de interação. Um exemplo bem sucedido desse trabalho tem sido a Rede Nordeste de Biotecnologia que formou 10 doutores em três anos, quatro somente no Maranhão. Esses pesquisadores saem do programa com um alto nível de excelência, com a produção de muitos artigos científicos e até mesmo de patentes. Isso não seria possível se não fosse pelo trabalho integrado entre os estados envolvidos”, informou Rosane Guerra.

 

Sbpjor2A presidente da FAPEMA, em sua fala, também sugeriu aos presentes a formação de uma rede em comunicação, visto que há poucos cursos de pós-graduação nessa área no país. Zélia Leal Adghirni, da Universidade de Brasília (UnB), mostrou a experiência de 10 anos da Rede de Estudos sobre Jornalismo (REJ/UnB), um grupo de pesquisa interdisciplinar e internacional, fundado em 2002, com o objetivo de estudar a produção e a mediação da informação jornalística. Os estudos organizados em torno do jornalismo e das novas tecnologias já existiam desde o final dos anos 90, mas o grupo só foi  constituído formalmente após muitos encontros e debates sobre o tema. A rede integra atualmente 27 pesquisadores ligados a universidades de diferentes países: França, Brasil, Canadá, México e Ilha da Reunião.

 

Completando as discussões, o jornalista maranhense Daniel Castro, assessor de comunicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fez um panorama do trabalho desenvolvido pela instituição, apontou avanços e falhas ao longo dos 46 anos de atuação do Instituto. O assessor também citou algumas possibilidades de integração entre os pesquisadores e o Ipea, como a publicação de livros e formas de apoio à realização de eventos científicos.