Propostas do Maranhão para o Plano de CT&I priorizam ações que promovam a redução das assimetrias sociais

reunião cti
Por Ivanildo Santos 7 de março de 2013

 

reunião ctiA primeira rodada de consulta para o Plano de CT&I da Amazônia teve uma avaliação positiva, com um público diversificado de representantes na área de CT&I do estado que contribuíram, nesse momento inicial, para a construção do Plano. “Fico feliz por esse trabalho ter gerado efeitos, sendo essas contribuições extremamente relevantes para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação da região Amazônica e para a redução das assimetrias sociais existentes em nosso país”, afirmou a secretária de estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Rosane Guerra.

O assessor da presidência do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Henrique Villa, disse sair bastante satisfeito com o trabalho realizado em São Luís, pela diversidade dos atores sociais que estiveram presentes e pela riqueza das contribuições que impulsionarão a criação do Plano. “A próxima etapa está prevista para Agosto de 2013, com a apresentação preliminar do Plano, abrindo a possibilidade para novas discussões em cima de algo já existente e para que então o processo seja complementado e apresentado a sociedade no mês de outubro de 2013”, disse.

As propostas do Maranhão para o Plano de Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação da Amazônia Legal foram apresentadas por grupos de trabalhos divididos em três eixos de discussões que seguiram as seguintes diretrizes: “Aspectos tangentes à infraestrutura física e institucional para a consolidação do Plano; Formação, Atração e Fixação de Recursos Humanos para o fortalecimento do Sistema de Ciência e Tecnologia da Região Amazônica e Consolidação e Ampliação de pólos de Inovação. As discussões dos três grupos foram coordenadas pelos técnicos do CGEE.

Participaram dos grupos de trabalho, representantes das Universidades Estadual e Federal do Maranhão, além da iniciativa privada, Embrapa, Fiema, Vale, Centro de Lançamento de Alcântara, entre outros. No primeiro grupo de trabalho, coordenado por, José Roberto Lima, a temática discutida foi sobre a Infraestrutura Física e Institucional para a consolidação do Plano. O objetivo central do debate foi mapear as necessidades locais relativas à infraestrutura, sendo essa essencial para a aplicação dos projetos em CT&I. Como afirma Lima, se não houver uma infraestrutura adequada, tanto física quanto institucional, não há como promover o desenvolvimento da CT&I.

Os especialistas, componentes do grupo apresentaram como propostas para o plano a melhoria da infraestrutura básica, como telefonia, energia elétrica, redes de esgosto, internet em uma velocidade compatível com a necessidade do sistema de CT&I, melhoria da malha viária e logísticas de transporte, entre outras.

O segundo grupo abordou sobre a importância da formação e qualificação de recursos humanos para o fortalecimento do Sistema de CT&I na região. Coordenada por Henrique Villa, a discussão levantou questões tais como, a criação de um sistema de fomento para que aconteça uma melhor mobilidade de docentes e discentes para outras instituições nacionais, visando uma formação complementar através da troca de experiências; ainda a abertura de editais específicos para a região amazônica e de novos cursos de pós-graduação em regiões estratégicas, objetivando a qualificação de pessoas para melhor execução de projetos em CT&I. Villa afirmou que o debate foi bastante proveitoso e que idéias novas e relevantes surgiram para complementar o Plano. “Nessa discussão, novas contribuições surgiram, idéias interessantíssimas que ainda não havíamos debatido”, declarou.

Com a temática, Consolidação e Ampliação de pólos de inovação para a Região Amazônica, coordenada por Carmem Bueno, o terceiro grupo contribuiu para a elaboração de idéias referentes ao investimento em inovação pra a execução da C&T e dentro da discussão surgiram idéias força como a estruturação de uma rede de inovação focada na realidade amazônica e na valorização da biodiversidade; a criação e consolidação de Parques Tecnológicos integrados com a rede de inovação e ainda a criação de centros de capacitação em inovação e empreendedorismo, considerando os produtos da biodiversidade relacionados às tecnologias da informação e comunicação.