Projeto apoiado pela FAPEMA ganha destaque no Torneio de Robótica Regional Maranhão

Por Sandra Viana 13 de janeiro de 2024

Reunindo centenas de crianças e jovens, o Torneio de Robótica do Sesi – Regional Maranhão, realizado com apoio do Governo do Estado e parceiros, trouxe um diferencial na edição deste ano. Pela primeira vez, alunos da rede municipal de ensino participaram do evento, resultado das ações do projeto Robótica Prototipando Sonhos, do Sesi em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA). Este, que é o maior campeonato do Norte-Nordeste no segmento, foi realizado neste sábado (13), no Multicenter Sebrae, Cohafuma, e contou com estudantes nove a 16 anos, de 84 instituições, destas, 42 são escolas maranhenses, sendo 15 do ensino fundamental, que integram o projeto de robótica. O governador em exercício, Felipe Camarão, prestigiou a abertura do torneio.

“Este evento é uma grande oportunidade para que as crianças e jovens possam buscar seus sonhos por meio da robótica. A educação é o caminho para alcançarmos nossos sonhos. Neste evento, irão competir, aprender a enfrentar os desafios da vida e sair vencedores. Em nome do governador Carlos Brandão, agradecemos todas as parceiras que fizeram o Maranhão ser destaque neste evento, nacionalmente e nos possibilitar sediar o campeonato mundial de robótica. Parabéns a todos os envolvidos e sucesso aos estudantes participantes”, enfatizou governador em exercício, Felipe Camarão.

“Sentimos muita satisfação e orgulho com o retorno desse projeto. Todo o processo de aprendizado e conhecimento que essas crianças e adolescentes tiveram, estão materializados neste grande evento do Sesi, que tem a parceria do Governo do Estado e apoio da FAPEMA. É muito gratificante poder proporcionará a estes alunos do ensino fundamental de várias cidades maranhenses, a participação neste torneio, que reúne alunos de todas as regiões do país. Com isso, reforçamos a importância do aprendizado da tecnologia e da inovação para formação cidadã e um futuro de sucesso a essas crianças e jovens. O Governo do Estado se orgulha em investir, cada vez mais, na ciência e tecnologia e em poder colher os frutos, concretizando sonhos de muitos destes estudantes”, pontuou o presidente da FAPEMA, Nordman Wall.

O presidente da Fiema e diretor regional do Sesi, Edilson Baldez, destacou “a grandiosidade deste evento, que é o maior torneio de robótica do Brasil, graças a todos os parceiros que acreditam na educação, e o alcance de estudantes de todo o país, levando interação, aprendizado e conhecimento”.

Para o superintendente do Sesi, Diogo Lima, “o torneio teve seu maior alcance, nesta etapa no Maranhão, graças às parcerias público e privadas, e agradecemos à FAPEMA, que, pelo apoio ao projeto ‘Robótica Prototipando Sonhos’, foi possível tornar este campeonato mais acessível e inclusivo, garantindo a participação, o conhecimento e o aprendizado a centenas de crianças e jovens de todas as regiões do Maranhão”.

A competição reúne 84 equipes, entre escolas do Maranhão, Alagoas, Paraíba, Paraná e Piauí, públicas e privadas. Destas, 15 são de escolas públicas municipais, que integram o projeto Robótica Prototipando Sonhos. A proposta tem como objetivo tornar acessível e democratizar o ensino da robótica. É desenvolvido em itinerância pelos municípios maranhenses, levando as ferramentas de robótica para que crianças e adolescentes se tornem mais produtivos, inovadores e construtores de soluções para a sociedade. No Torneio de Robótica do Sesi – Regional Maranhão, estes alunos se destacaram e contribuíram para outro recorde do evento: este foi o de maior participação de estudantes, em 12 anos de realização do torneio.

Nos estandes do torneio, as equipes apresentaram projetos de inovação tecnológica voltados para a inclusão, protótipos de robôs de lego com diversas funcionalidades e participaram da disputa de robótica. O evento também disponibiliza espaços de interação do público para fotos e experiências com produtos tecnólogicos e de realidade virtual.

O Torneio de Robótica do Sesi – Regional Maranhão, encerra neste domingo (12), com programação das 9h às 17 horas.

Conhecimento e inclusão

Professor de Informática da Escola Artur Azevedo, do município de Lima Campos, Diego Cutrim levou para o torneio o projeto ‘Redefinindo a experiências sonoras para a comunidade autista’, executado com apoio da FAPEMA. Trata-se de uma cabine acústica, do tamanho real de uma pessoa, que servirá para uso em eventos e espaços com grande público e som. A ideia é garantir a este segmento, melhores condições para usufruir eventos, de forma mais reservada e segura. “Entendemos que podemos dar mais acesso deste público em locais de eventos como teatros, exposições e até shows, sem que eles precisem ser expostos. Nosso projeto é dar mais acessibilidade e incluir as pessoas autistas”, explica o professor.

O aluno Artur Victor Matos, 12 anos, da 8ª série, da escola Escola Artur Azevedo, avalia a oportunidade como única e que possibilitou auxiliar uma amiga de grupo de estudo. “A gente viu a condição dela e pensamos no projeto para ajudar e fazer com que ela pudesse participar mais e estar mais perto da gente. Eu fiquei feliz com o projeto e gosto de saber que estou ajudando alguém e ser uma amiga da gente, e que vai servir para outras pessoas”, disse o jovem.

De Paço do Lumiar, alunos do Colégio Militar apresentaram o projeto ‘Produção de resinas naturais como impermeabilizante das embarcações do porto de Mocajituba – Paço do Lumiar – Maranhão’. A proposta é criar uma resina para impermeabilizar as embarcações, sem que agrida o meio ambiente, a vida marinha e preserve a estruturas dos barcos. Atualmente, é usada a cola epóxi, que é tóxica aos peixes e danifica a madeira das embarcações ao longo do tempo.

Estudante do 9º ano, Giovana Gonçalves Nascimento, 14 anos, avalia o projeto como “um grande contribuinte para preservar a arte de fazer embarcações e o meio ambiente” e defende a resina que está em estudo como “um componente importante para melhorar o trabalho de quem fabrica e faz manutenções nestas embarcações e também, aos pescadores”.

A professora de Ciência, Jéssica de Oliveira de Souza, que coordenou a equipe do Colégio Militar, espera que o projeto tenha grande alcance. “Essa proposta tem o objetivo de beneficiar as comunidades de pescadores, pois, essa resina não é tóxica e também, queremos contribuir para preservar o meio ambiente, para que não haja tanta poluição. Estamos em fase de pesquisas para, posteriormente, passarmos à fase de análise, testes e a produção”, pontuou.

 

Texto: Sandra Viana- Jornalista (NDC)