Presidente da Fapema discute cooperação para o campo

Por Ivanildo Santos 23 de março de 2010

A diretora-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), Rosane Nassar Meirelles Guerra, falou, nesta terça-feira, das possibilidades de aproximação entre pesquisa, assistência técnica e extensão rural. O tema foi tratado em mais uma edição do “Aconterça”, evento promovido pela Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária (Agerp). Agerp

Rosane Guerra comentou o papel da Fapema de estimular a produção de ciência e de inovações tecnológicas, que possam contribuir para o crescimento sócio-econômico do Estado. Ela ressaltou que o desafio, atual, é exatamente fazer chegar à sociedade o conhecimento produzido na academia.

“A ciência e tecnologia são bens, conhecimentos e serviços que podem ser incorporados pela sociedade e pelo setor produtivo”, explicou a presidente. Para cumprir com a missão de fazer essa interface, a Fundação apoia estudos e pesquisas em diferentes áreas do conhecimento, investe na formação de recursos humanos e na disseminação dos avanços científicos do Maranhão

Pelo governo federal são destinados, anualmente, ao setor 1,0% do PIB; na esfera estadual, o investimento é de 0,5% do orçamento. Segundo Rosane Guerra, a Fapema possui as seguintes formas de fomento: bolsas de pesquisa e apoio técnico; auxílio à pesquisa; apoio à realização e participação em eventos, à publicação e à inovação tecnológica.  

Cooperação para o campo

Destacando a aptidão maranhense para o setor agrícola, a presidente da Fapema apontou temas que podem direcionar a cooperação entre academia e governo. Para ela, o foco deveria ser na gestão da propriedade rural, qualidade na produção agropecuária, técnicas de produção, proteção de solos e água, aplicação de biomarcadores no controle de pragas e sustentabilidade.

Agerp-2Interessados em participar das ações da Fapema, os participantes da apresentação, principalmente os funcionários, sugeriram linhas de apoio a pesquisas que sejam produzidas na própria agência. “É uma oportunidade para casar as ações da Fapema com a expectativa que os nossos técnicos e funcionários têm de se capacitar”, avaliou o diretor da Agerp, Fernando Tadeu.

Empresário do ramo agropecuário, Emano Pereira considera que essa interação entre academia, governo e setor produtivo ajudará na melhoria dos negócios do campo. “Quando o conhecimento gerado não chega na ponta falta algum pedaço. É aqui que a Fapema está entrando, para proporcionar a aplicabilidade da ciência lá na fonte”, afirmou o empresário.

Este ano, a Fundação lançou, pela primeira vez no Maranhão, o edital de apoio a projetos de extensão em interface com a pesquisa, já disponível na plataforma Patronage. Em breve, também será publicado o edital de bolsas de extensão, que compõe o pacote apresentado no último dia 17.