Prêmio FAPEMA 2014: estudo genético pode melhorar a produção pecuária maranhense
Uma pesquisa com genes envolvidos no reconhecimento do embrião para o organismo materno (cientificamente chamados de genes do Complexo de Histocompatibilidade Maior – MHC de classe I não clássico) pode contribuir para o desenvolvimento da pecuária maranhense, gerando benefícios como a criação de critérios ou marcadores para medir a qualidade embrionária e respostas para futuros estudos da patogênese do aborto e doenças infecciosas na espécie bovina.
Desenvolvida pela pesquisadora Larissa Sarmento dos Santos, o estudo “Expressão do complexo de histocompatibilidade maior de classe I não clássico na placenta bovina ao longo da gestação e após infecção por Brucella abortus“ teve como objetivo caracterizar a quantidade de genes que estão em atividade, ou seja, que estão “produzindo” proteínas na placenta bovina ao longo da gestação, bem como verificar a expressão desses genes em células trofoblásticas (células presentes na placenta) após estimulação com a bactéria infectocontagiosa que causa brucelose.
Larissa Santos é doutora em Biodiversidade e Biotecnologia e, neste trabalho, recebeu a orientação da professora Alcina Vieira de Carvalho Neta, doutora em Ciência Animal.
“Os resultados obtidos demonstraram que os genes são expressos em diferentes tecidos e em diferentes períodos de gestação na placenta bovina. Além disso, a pesquisa mostrou também que a região intercotiledonária (região da placenta) em bovinos é responsiva à infecção com B. abortus, provocando a redução na transcrição dos genes estudados”, detalhou a orientadora Alcina Carvalho.
Com esta pesquisa, Larissa e Alcina conquistaram o Prêmio FAPEMA 2014, na categoria Dissertação de Mestrado, na área de Ciências Agrárias.