Pôster apresentado na 65ª SBPC explica causas de poluição em afluente do rio Itapecuru

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Por Ivanildo Santos 23 de julho de 2013

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Nesta terça-feira, 23, na 65ª Reunião Anual da SBPC, em Recife, uma pesquisa apresentou quais os fatores que fizeram com que o processo de contaminação acelerasse durante os últimos dez anos no balneário Veneza, em Caxias. Esse trabalho foi desenvolvido pelo bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), Wanderson Oliveira da Silva, que recebeu recursos por meio do edital de Apoio a participação em Eventos Científicos– APEC.

Afluente do rio Itapecuru, o balneário Veneza é um dos atrativos turísticos da Região dos Cocais. No entanto, a contaminação tem se tornado um grave problema nos últimos anos. E para saber qual é a situação desse afluente, o projeto fez várias análises. Os resultados encontrados foram observados de acordo com os parâmetros do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.

“Os parâmetros físico-químicos estão dentro dos padrões estabelecidos pelo CONAMA, que estabelece alguns modelos vigentes para águas lênticas, mas outros como os microbiológicos estão fora. O CONAMA estabelece um limite mínimo de 1000 mililitros por 100 mililitros para águas lênticas, e encontramos valores muito acima de 1.600 em relação aos parâmetros biológicos”, pontuou Wanderson da Silva. DSC 1945 2

Quanto ao oxigênio dissolvido na água, que é um dos nutrientes essenciais para o desenvolvimento da vida, zooplâncton e peixes, ele tem que estar acima de 5 miligramas por mililitros e o encontrado na faixa foi de apenas 0,2 miligramas, ou seja, está muito abaixo do ideal estabelecido pela legislação, como explicou o pesquisador.

Esse desequilíbrio ambiental no balneário Veneza é provocado, segundo a pesquisa, devido a ausência de tratamento de esgoto no local. Os dejetos são lançados pelos que moram no seu entorno. Essa ação pode provocar doenças ao banhista e prejuízos ao ecossistema. “O parâmetro microbiológico pode ocasionar várias doenças transmitidas pela água, dentre elas diarreia. Já o baixo oxigênio na água é causa mortandade de peixes e prejudica o seu desenvolvimento”, afirmou bolsista.

Dentre as medidas adotadas, Wanderson da Silva comentou que as informações da pesquisa foram levadas à prefeitura de Caxias. “Por conta da publicação desse artigo, a gente encaminhou cartas à prefeitura de Caxias, que faz por ano a limpeza e seca do balneário todo”, complementou.