Políticas de Fomento à Pesquisa são discutidas em Fórum de Pós-Graduação

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Por Ivanildo Santos 2 de outubro de 2009

forum4O II Fórum de Pós-graduação da Ufma reuniu, nesta sexta-feira (02), representantes da Fapema, Capes, CNPq e Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com o intuito de discutir políticas de fomento à pesquisa no Brasil. A interação entre essas entidades deve gerar um aporte maior de recursos para investimentos em CT&I no Maranhão.

No Brasil, existem, atualmente, 2.490 programas de mestrado, 1.434 de doutorado e 260 de mestrado profissional. Mas o Maranhão participa desse cenário com apenas 18 mestrados e quatro doutorados. Isso significa 4% dos programas do nordeste. “A melhoria desses indicadores passa pela articulação entre universidades e agências de fomento à pesquisa”, apontou a diretora-presidente da Fapema, Rosane Nassar Guerra.

Guerra ressaltou os esforços da Fapema para alavancar a pesquisa no Maranhão. “Lançamos, no início do segundo semestre, dez novos editais. O número de inscrições no Edital Universal, que chegou a mais de 210, é uma demonstração de que há demanda por esses investimentos”, destacou. A partir dos dados de pesquisadores que submeteram propostas ao Edital Universal, será traçado o perfil mais consolidado das áreas que receberão apoio inicialmente.

A presidente da Fundação tomou a decisão, ao tomar posse quatro meses atrás, de conceder bolsas somente a partir de editais. “Essa medida objetiva tornar mais clara e democrática a concessão de bolsas.”, disse. Aos coordenadores dos programas de pós-graduação que recebem cotas de bolsas, Rosane Guerra pediu que fossem criteriosos ao conceder o financiamento, por se tratar de recursos públicos. 

Está em estudo na Fapema a possibilidade de conferir bolsas por cotas para grupos de pesquisa da graduação. “Os recursos serão repassados às instituições para que elas escolham os pesquisadores, dentro do seu próprio seletivo, que receberão bolsas”, explicou a diretora-presidente. As ações de aproximação com o pesquisador, com visitas às instituições de ensino superior, inclusive do interior do estado, foram elogiadas pela comunidade acadêmica.

CAPES

O diretor de Programas e Bolsas da Capes, Emídio Cantídio, apresentou os resultados da instituição, em termos de crescimento financeiro. A Capes financia, especificamente, programas de mestrado e doutorado. “Estamos nos tornando a maior agência de fomento à pós-graduação do Brasil, não só com financiamento de bolsas, mas com a publicação de editais importantes para a indução daquilo que consideramos relevante para o desenvolvimento nacional em ciência e tecnologia”, afirmou Cantídio. 

Cantídio avaliou, em sua palestra, os instrumentos de formação de recursos humanos no país. Ele destacou o Portal de Periódicos da Capes, que possui 350 participantes e mais de 15 mil revistas científicas inseridas. “O Portal representa a principal mola propulsora do desenvolvimento da publicação brasileira no exterior”, assegurou.

No Maranhão, a agência financia projetos na Ufma e na Uema. “A Capes está neste estado através de suas universidade, fazendo formação de recursos humanos aqui mesmo, com qualidade e com financiamento nosso”, disse Cantídio.