Pesquisador aprimora medição de emissão de carbono

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Por Ivanildo Santos 9 de novembro de 2009

Desde 1994, quando o Brasil fez o último inventário sobre as emissões de gases de efeito estufa, não se sabe exatamente quanto de  CO2 é colocado na atmosfera pela floresta. Um novo estudo está sendo feito pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, mas somente em 2010 a populafloresta_amazonicação deve conhecer as atualizações. Dados referentes às emissões e ao armazenamento de carbono pela Floresta amazônica necessitam de mais precisão para que o país possa estabelecer, de forma adequada, as políticas de proteção ambiental e de valorização florestal. A constatação é do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), Júlio Tota. Segundo  o pesquisador, a atual absorção de carbono pela floresta pode ser inferior à estimativa de grande parte da comunidade científica internacional.

A expectativa, aponta Tota, é que, com a implementação do projeto Atto (Torre Alta de Observação da Amazônia, na sigla em inglês) prevista para 2010, o Brasil alcance a almejada precisão dos dados sobre o estoque e a emissão de carbono na atmosfera.

Monitoramento contínuo

O projeto prevê a construção e instalação de uma torre com 300 metros de altura na Reserva Biológica do Uatumã com sensores para monitorar de forma contínua as condições metereológicas e alguns fatores como velocidade do vento e umidade, na região da Hidrelétrica de Balbina, a cerca de 150 quilômetros de Manaus.

O projeto deve custar ao Brasil e à Alemanha cerca de 8,4 milhões de euros. Tudo será realizado sob coordenação do Inpa e do Instituto Max Planck de Química, do país europeu.