Pesquisa auxilia na identificação de produtos para controlar microorganismos em plantas tropicais
Existe uma grande diversidade nas espécies de flores e plantas tropicais na ilha de São Luís. Essa variedade é favorecida por conta da heterogeneidade de biomas encontrados na cidade. Mas igualmente elevado é o número de problemas que essas espécies podem enfrentar, já que elas estão suscetíveis ao ataque de patógenos (microorganismos) que causam doenças em plantas e flores. Para elaborar uma forma de controlar esses organismos foi realizada a pesquisa “Avaliação de produtos abióticos como estratégia de controle de patógenos foliares associados a flores tropicais na ilha de São Luís”.
O trabalho foi desenvolvido pela pesquisadora Nathália Bandeira Diniz e teve como objetivo principal avaliar produtos abióticos – que surgem pela influência dos componentes físicos e químicos do meio – no controle de microorganismos foliares associados a flores ornamentais tropicais na capital maranhense. “Avaliamos os produtos abióticos como possíveis indutores de resistência, que ativam os mecanismos de defesa em plantas ligadas a flores tropicais contra esses patógenos”, explicou.
Dentre os produtos testados, um identificado como Biopirol demonstrou ser o mais eficiente no controle das manchas foliares. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Fitopatologia do Núcleo de Biotecnologia Agronômica da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
No processo, primeiro foram identificadas as plantas infectadas com os fungos nas áreas de produtores. Em seguida, foram cultivadas plantas que serviram como teste e os fungos coletados foram colocados em contato com as plantas cultivadas, após o tratamento que cada planta foi submetida, considerando as doses e os produtos testados. “Depois da inoculação as plantas foram mantidas em câmara úmida por 48 horas. As avaliações foram realizadas cinco dias após a introdução dos patógenos e cada um foi avaliado individualmente”, explicou a pesquisadora.
Com os resultados em mãos, a primeira etapa da pesquisa foi encerrada e a conclusão a que a pesquisadora chegou é que os produtos utilizados são uma boa alternativa para o controle das doenças ligadas às flores tropicais, entretanto, são necessárias mais pesquisas que possam gerar novas informações a respeito desses produtos e sua forma de atuação.
Partindo desse princípio, será iniciada uma segunda etapa com avaliações em campo, para identificar produtos eficazes no controle da doença. Enquanto essa nova fase não é realizada, Nathália Bandeira avalia o atual momento de forma positiva já que o trabalho “proporcionou uma maior experiência com a extensão e com a comunidade de Vassoural onde parte do trabalho foi executada”.
O projeto teve a orientação da professora doutora da UEMA, Alice Costa Rodrigues e foi aprovado através do edital BIC (Bolsa de Iniciação Científica) da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA. “A Fapema garantiu não só o desenvolvimento de um projeto, mas também o desenvolvimento de uma estratégia que poderá ser utilizada por pequenos produtores de flores”.