Obras no CLA precisarão de um novo auxílio financeiro para serem concluídas
Após quase uma década da explosão no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), ocorrida durante a operação de lançamento do Veículo Lançador de Satélite (VLS), em que 21 técnicos civis perderam a vida, o centro ainda não foi totalmente reconstruído. Mesmo com investimentos de R$ 582 milhões, o local, de acordo com o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, ainda necessitará de um novo aporte de R$ 200 milhões para ter 100% da sua infraestrutura concluída.
Coelho explica que a nova remeça de recursos atenderá, ao mesmo tempo, a duas bases: uma para operações do foguete Cyclone-4, equipamento fruto da parceria entre o Brasil e a Ucrânia para lançamentos comerciais de satélites, e outra para missões com os lançadores nacionais.
Apesar das obras não estarem concluídas algumas importantes estruturas já estão finalizadas. É o caso da Torre Móvel de Integração (TMI). Testada com sucesso no fim de 2012, a TMI possui diversas novidades, em especial, na área de segurança como é o caso do sistema de proteção contra descargas atmosféricas, a construção de uma área de fuga e a automatização de sistemas.
Segundo o presidente da AEB, todo o esforço na reforma do CLA é justificado pela possibilidade de mercado que o centro possui. “Nossa posição é bem embaixo da órbita geoestacionária. Se você for lançar lá do Hemisfério Norte, longe do Equador, significa muito mais combustível, muito mais dinheiro gasto. De lá, você pode economizar 30% no lançamento”, afirmou.
A expectativa de Coelho é que assim que o país detenha foguetes eficientes e as obras no CLA estejam concluídas, a procura por negócios cresça. “Podemos lançar satélite do mundo todo e cada lançamento custa cerca de US$ 50 milhões”, disse.
(Agência Gestão CT&I de Notícias com informações da Agência Brasil)