Museu Goeldi acolhe casal de lontras

lontras
Por Ivanildo Santos 30 de novembro de 2009

O Museu Paraense Emílio Goeldi (Mpeg/MCT), em Belém (PA), recebeu um casal de lontras (Lutra longicaudis) que foi capturado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os animais foram encontrados à margem do Lago Água Preta, no Parque Ambiental de Belém e entregue aos cuidado dos técnicos do Goeldi na última quinta-feira (26).

Segundo Messias Costa, veterinário do Museu Goeldi, os animais, com prováveis dois ou três meses de vida, encontravam-se desidratados e um deles apresenta problema respiratório. “Esses animais são muito frágeis. Por hora, estamos buscando a melhor adaptação desses filhotes,  além dos cuidados veterinários”, disse. Messias explicou que as lontras se encontram bem abrigadas e mantidas juntas para minimizar o stress adaptativo. “A dieta dos animais consiste de leite e peixe três vezes ao dia enriquecida com suplementos vitamínicos-minerais”, informou Costa.lontras

Os animais não ficarão na instituição em função do Plano da Coleção Futura do Museu. Esse plano baseia-se num estudo que, levando em consideração fatores como espaço, resistência do animal, representatividade amazônica, apelo educativo, seleciona algumas espécies animais para integrarem o acervo do Parque Zoobotânico.

Além das lontras, o Ibama já doou ao Museu Goeldi dois jabutis, um macaco-de-cheiro (Saimiri sciureus) e uma coruja suindara (Tyto alba). Esses animais ficarão no Parque Zoobotânico do Museu.

Lontra

Está na lista de animais em extinção, é um animal similar à ariranha (Pteronura brasiliensis), tendo hábitos e habitat similares: vivem em rios e lagos e cavam tocas. Uma diferença entre as duas espécies é o tamanho: a ariranha pode atingir até 30 kg , enquanto a lontra tem, em média, 12 kg.