Ministro da Ciência e Tecnologia participa do Fórum Consecti & Confap

Ministro
Por Ivanildo Santos 26 de agosto de 2011

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloízio Mercadante, encerrou o primeiro dia do Fórum conjunto do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (CONSECTI) e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) em João Pessoa. Durante mais de uma hora, o Ministro, com um discurso envolvente, apontou os principais desafios da CT&I no país e as estratégias já idealizadas e/ou implementadas por seu ministério para ultrapassá-los. Ministro

O Brasil deve consolidar sua posição de líder na economia do conhecimento natural (agricultura, minérios, gás e petróleo), no entanto, o país não deve se acomodar na posição de exportador de comodites. Segundo o Ministro é importante que o Brasil concomitantemente desenvolva uma nova economia, baseada no conhecimento e na informação, bem como na economia verde e sustentável. O caminho para essa nova economia está diretamente ligado ao investimento em pesquisa e desenvolvimento, mas de acordo com o ministro esse investimento não pode partir apenas do Estado, o setor privado precisa participar. 

Em países como a Coréia e o Japão o setor privado contribui com mais que o dobro do valor investido pelo Estado em pesquisa e desenvolvimento. No entanto, no Brasil o empresariado ainda tem uma concepção errónea de que inovação e tecnologia é comprar novos equipamentos, afirma o ministro. “Inovar é estar a frente, é liderar, é buscar novos produtos, novos processos é investir em pesquisa e desenvolvimento”, ressaltou Aloízio Mercadante. 

Ainda de acordo com o ministro o papel do governo é estimular o setor privado a participar e possibilitar as condições ideais para que aqueles que decidam investir encontrem um ambiente propicio, com mão de obra qualificada e infra-estrutura adequada. Nesse ponto, Mercadante ressaltou o fato de o Brasil estar formando mais doutores e mestres a cada ano. Além disso, o programa Ciência Sem Fronteiras, que é um projeto extremamente ambicioso, pretende suprir a falta de profissionais qualificados em áreas estratégicas como as engenharias. 

 Além da qualificação profissional, o MCT&I adotou uma série de medidas para impulsionar as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), como a política para tabletes, ampliação das linhas de financiamento do BNDES e da Finep (programa Brasil Maior), a desoneração da folha de pagamento e o fomento da indústria de componentes, semicondutores e displays. 

Ao final da apresentação do ministro Aloízio Mercadante, o presidente do Confap, Mário Neto, destacou que as propostas trazidas por ele, estão em consonância com as teses defendidas tanto pelo Confap, quanto pelo Consecti. Em seguida, Mário Neto ressaltou a importância das parcerias entre o MCT&I, com os estados. De acordo, com o presidente do Confap, “não se trata apenas de uma questão de recursos, mas da consolidação do sistema nacional de CT&I. Não se pode mais discutir a questão da pesquisa e do desenvolvimento, apenas do ponto de vista do governo federal, sem a participação efetiva dos estados”. 

Para Mário Neto essas parcerias permitem uma maior capilaridade dos programas e ações do governo estadual, ademais, as agências estaduais conhecem melhor a realidade de seus estados e possuem melhores condições de fiscalizar como estão sendo aplicados os recursos investidos.