Internet é utilizada em escola da rede pública estadual para melhorar o aprendizado de língua inglesa

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Por Ivanildo Santos 30 de junho de 2015

0INTERNETPesquisa realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br) revelou que atualmente mais de 50% da população brasileira é usuária de Internet, tendo dobrado o uso da rede por meio de dispositivos móveis. Outra pesquisa da empresa Gfk mostra que 61% dos jovens entre 18 e 24 anos utilizam a internet principalmente para acessar as redes sociais.

Em São Luís, a professora Patrícia Santana Guzmán, do Centro de Ensino Paulo VI, escola da rede estadual de ensino, busca entender o uso da Internet no processo de aprendizagem de língua inglesa entre os alunos da escola. A pesquisa, além de possibilitar a compreensão geral em relação ao uso da Internet no processo de aprendizagem da língua entre os alunos, intervirá positivamente na construção de novas práticas de uso da Internet entre alunos e professores de língua inglesa da escola objeto de estudo.

O trabalho, realizado com o apoio da FAPEMA, por meio do edital Prociência, envolveu três turmas do ensino médio regular noturno. A ideia é usar essa ferramenta no processo de melhoria do ensino-aprendizagem.

Como metodologia, segundo explicou a professora, optou-se pela pesquisa participante, cujo objetivo não foi apenas compreender e explicar o objeto de estudo, mas também promover intervenções na realidade estudada. A reflexão de como a Internet contribui no aprendizado de língua inglesa em um caso concreto de uma escola pública permitiu ampliar o conhecimento das possibilidades e dos limites da inserção de novas tecnologias em processos educativos na escola.

A partir de um diagnóstico das turmas, do referencial teórico e da participação de todos, foi feito um levantamento do problema a ser superado, assim como um Plano de Ação que contemplou práticas de uso de quatro ferramentas da Internet: Email, Google Tradutor, Duolingo e Livemocha.

Por meio da pesquisa foi feita a descrição de cada uma destas ferramentas e de como podem contribuir para o aprendizado de língua inglesa, além de atividades práticas com os alunos.“Pode-se perceber que em virtude do próprio desconhecimento no uso do computador e da Internet, muitos alunos se esquivaram de realizar as atividades práticas, mesmo com o incentivo tanto da professora, quanto dos alunos envolvidos mais ativamente”, revela a professora.

A professora conta que, por outro lado, com o avanço e a democratização do acesso à Internet, principalmente em virtude da evolução de aparelhos celulares com androids (mesmo aparelhos simples e baratos suportam aplicativo Duolingo, por exemplo), pôde-se constatar a progressiva mudança na atitude dos alunos, que outrora usavam a Internet mais para fins de entretenimento, e agora, utilizavam-na para fins educacionais, em especial, em relação ao jogo de inglês do Duolingo, pois este pode ser baixado como aplicativo para celular, ficando em vantagem em relação às demais ferramentas.

“As atividades práticas com a Internet permitiram, primeiramente, a descoberta das ferramentas digitais de aprendizado de língua inglesa, fazendo os alunos perceberem que existem sites e ferramentas gratuitas para aprender inglês no mundo digital, conscientizando-os de que a aprendizagem de inglês pode acontecer por outras vias que não apenas a sala de aula”, observa Patrícia.