Integração é a palavra de ordem durante as discussões no segundo dia do Fórum Nacional

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Por Ivanildo Santos 24 de julho de 2012

FOTOMANH2A manhã do segundo dia do Fórum Nacional do Consecti (Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação) e Confap (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa) teve início com a palestra do Secretário da Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgílio Almeida, que falou sobre a Política Nacional de Softwares e os Estados. “As ações trabalhadas pelo MCTI servem para que os outros países vejam o Brasil não apenas como um mercado, mas como um parceiro no desenvolvimento de ciência e tecnologia”, disse Almeida.

BRASIL MAIOR – Dando continuidade aos debates, os parques tecnológicos voltaram ao centro das discussões. Marcos Vinícius de Souza, Diretor do Departamento de Fomento à Inovação do MDIC, e Rodrigo Teixeira, Gerente Executivo do CNI, falaram sobre o papel dos Parques Tecnológicos dentro do Programa Brasil Maior.

Souza enfatizou a necessidade que o país tem de mobilizar suas forças produtivas para inovar, competir e crescer. “Já está sendo discutida uma série de medidas para alavancar esse crescimento, como a desoneração da folha de pagamento para o segmento, o oferecimento, pelo BNDES, de R$ 7 bilhões em crédito para empresas que queiram investir em inovação e a desoneração tributária para empresas que investirem em processos de inovação”, detalhou.

O Plano Brasil Maior é a política industrial, tecnológica e de comércio exterior do governo Dilma Rousseff e tem como foco a inovação e o adensamento produtivo do parque industrial brasileiro, objetivando ganhos da produtividade do trabalho e garantindo a sustentação de um crescimento econômico inclusivo num contexto econômico adverso.

AGÊNCIAS FINANCIADORAS – Em seguida, houve a apresentação do painel sobre o papel das agências financiadoras para projetos de Parques Tecnológicos, pelo Diretor da FINEP, Roberto Velmun, e pela Chefe de Departamento do BNDES, Helena Lastres.

Helena Lastres falou sobre as ações desenvolvida pelo BNDES para o apoio a Parques Tecnológicos e salientou a importância da dinâmica inovativa. “Ninguém inova sozinho, é necessário um conjunto de atores. É preciso fazer uma grande mobilização, com políticas orientadas ao conjunto de atores e atividades interdependentes”, disse, ressaltando a necessidade da superação de modelos que limitam as agendas de políticas estrangeiras a determinados grupos e regiões; da formulação de uma agenda de desenvolvimento científico, tecnológico e inovativo avançada e sistêmica; e da coordenação de políticas e potencialização das ações.

FOTOMANHA3Em sua explicação, o Diretor da FINEP, Roberto Velmun, falou sobre a dificuldade do MCTI de destinar a quantidade de recursos que a área de ciência e tecnologia realmente precisa para continuar seu desenvolvimento. “O Ministério está esgotado para os investimentos em CT&I e não consegue acompanhar o crescimento do sistema. A Finep não conta com um orçamento definido e isso compromete a estabilidade de sua operação. Para mudar essa situação, temos que pensar em mudanças estruturais, reformular todo o sistema de financiamento e não ficar dependendo apenas do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e do PSI (Programa de Sustentação do Investimento do BNDES). Precisamos de uma fonte de recursos sustentável ao longo do tempo, já que trabalhamos com projetos a longo prazo e, por isso, precisamos de recursos a logo prazo”, desabafou.

Velmun voltou a tocar na questão da integração de esforços e na descentralização de ações, afirmando que os resultados dos investimentos são potencializados com a cooperação entre as esferas de governo, trazendo maior capilaridade na promoção do desenvolvimento científico e tecnológico. “É fundamental respeitar as especificidades e diferenciações regionais, investindo em temas prioritários localmente”, completou.

O Fórum Nacional, que acontece no Hotel Luzeiros até amanhã (25), está sendo promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretária de Estado de Ciência e Tecnologia e da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Maranhão (FAPEMA), e reúne secretários estaduais de ciência e tecnologia de todo o Brasil e presidentes das fundações de amparo à pesquisa dos estados.