INT tem atuação acentuada no Sibratec
Criado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para dar suporte ao desenvolvimento tecnológico das empresas e consolidar um ambiente favorável à inovação em áreas estratégicas para a soberania do País, o Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec) tem a participação ativa do Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT), no Rio de Janeiro.
A importância dessa atuação foi destacada pelo ministro Sergio Rezende, em reunião com o diretor do INT, Domingos Manfredi Naveiro , a semana passada. O Instituto integra as três categorias de redes do Sibratec: Extensão Tecnológica, Centros de Inovação e Serviços Tecnológicos.
As redes de Extensão Tecnológica funcionarão em nível estadual, prestando assistência tecnológica às micro, pequenas e médias empresas com vistas à inovação e à solução de gargalos na gestão tecnológica, projeto, desenvolvimento, produção e comercialização de bens e serviços. O INT coordena a Rede Estadual de Extensão Tecnológica do Rio de Janeiro, juntamente com o grupo gestor que reúne a Rede de Tecnologia (Redetec), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RJ) e a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ (Faperj). O Instituto atuará ainda como co-executor da rede do Mato Grosso e também vai assessorar a rede do Mato Grosso do Sul.
No Rio de Janeiro, as funções da rede absorverão progressivamente dois serviços já centralizados pelo INT no estado: o Programa de Apoio Tecnológico à Exportação (Progex), que visa a qualificação de produtos de empresas para atuarem no mercado externo, e o Projeto Unidades Móveis (Prumo), voltado para a assistência tecnológica ao setor de plásticos e borrachas. “Realizará, no entanto, um atendimento mais amplo, suprindo necessidades tecnológicas de setores variados e abrangendo a qualificação de produtos das empresas de forma a superar gargalos tecnológicos e aumentar sua competitivamente no mercado interno”, explica o coordenador de Gestão da Qualidade e Inovação Tecnológica do INT, Carlos Alberto Teixeira.
Além das entidades que compõem o grupo gestor, a rede fluminense de Extensão Tecnológica tem ainda a elaboração de suas ações estratégicas com as Secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis) e de Ciência e Tecnologia (Secti), além do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) e do Serviço Nacional da Indústria (Senai/Cetiqt).
Redes temáticas
Outra vertente do Sibratec são as redes temáticas de Serviços Tecnológicos, que congregam 53 instituições de pesquisas tecnológicas e 253 laboratórios em torno de temas estratégicos para o desenvolvimento das empresas nacionais. Essas redes se voltam para suprir demandas identificadas como estratégicas e prioridades definidas pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP). Compreendem serviços de calibração, ensaios e análises, avaliação da conformidade – compulsória ou voluntária –, além de atividades como normalização e regulamentação técnica, associadas à superação de exigências técnicas para o acesso a mercados.
Hoje, estão formadas 19 redes temáticas, sendo que duas são coordenadas pelo INT, a de Produtos para a Saúde – agrupando 46 laboratórios – e Biocombustíveis, com 21 laboratórios. O Instituto participa ainda de outra rede temática na área de produtos e dispositivos eletrônicos.
Redes de Centros de Inovação
A terceira modalidade de redes do Sibratec está voltada exclusivamente para a inovação. Como as vertentes de extensão tecnológica e serviços, as redes de Centros de Inovação partirão da identificação de demandas nas empresas. O trabalho, no entanto, estará inteiramente voltado para o desenvolvimento projetos de inovação, que irão gerar produtos ou processos comercialmente viáveis. Essa nova tecnologia será desenvolvida de forma complementar, alinhavando as competências das instituições componentes.
Das 11 redes que se formaram inicialmente o INT participa de cinco, coordenando a de Tecnologias para o Setor de Plásticos e Borracha, que também agrega a experiência já acumulada no atendimento tecnológico das unidades móveis do projeto Prumo.
Além da integração entre os centros de inovação participantes, essas redes pretendem ter uma grande interação com o setor privado, tanto contribuindo para o incremento do processo de inovação nas empresas existentes, como estabelecendo as bases tecnológicas para o surgimento de novas empresas inovadoras.