Inclusão tecnológica é usada na conservação da biodiversidade maranhense
Uma ideia uniu várias áreas de conhecimento para trabalhar em prol da sustentabilidade ambiental e a capacitação por meio da inclusão tecnológica de jovens na baixada maranhense. O trabalho é uma iniciativa dos grupos de educação tutorial dos cursos de Ciências da Computação e Biologia da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, em parceria com o Instituto Formação. A técnica usada consiste no ensino-aprendizado que objetiva a qualificação profissional, divulgação da diversidade biológica e a conservação do meio ambiente.
A área de estudo é a fazenda Buritirana, propriedade de preservação do Instituto Formação, no município de Peri Mirim (MA), onde jovens e famílias que moram no entorno desse local são beneficiados com conhecimento. Essa pesquisa é desenvolvida por Alexandre César Muniz de Oliveira, professor de Ciências da Computação da UFMA, que recebeu apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA, por meio do edital de Apoio a Projetos de Extensão– AEXT.
A pesquisa tem a finalidade de trabalhar uma trilha interpretativa, que é a documentação de espécimes encontradas na região da baixada maranhense, além de capacitar jovens com conhecimentos não só da informática tradicional, mas ensinando-os a programar, a desenvolver jogos de computador.
Os jogos incluem nos sistemas assuntos que são típicos da região da baixada, uma forma de incorporar o desenvolvimento tecnológico com elementos do local, suscitando a lembrança sobre a preocupação permanente com a preservação do meio ambiente. “O que nós queremos é dar uma oportunidade a mais, além do curso tradicional de informática, que ensina a utilizar ferramentas. Desejamos que o jovem possa aprender lógica de programação e desenvolva algo a mais, que trabalhe em uma empresa como desenvolvedor não de jogos, mas com aplicativos de modo em geral”, comentou o professor da área de Ciências da Computação.
A dinâmica é deixar com que jovem sinta prazer em desenvolver de maneira inteiramente livre a criação dos jogos, por exemplo, de ação ou aventura. “vamos incorporando estratégias, por meio de elementos para que ele reflita durante o desenvolvimento e as pessoas que joguem conheçam o tipo de inseto, questões do meio ambiente, do tratamento do lixo”, disse Alexandre Oliveira.
Segundo Alexandre Oliveira, as palestras são voltadas para as comunidades dos municípios de São Bento, onde há o Centro de Ensino Médio Profissionalizante (CEMP); Palmerândia e Peri Mirim, que tem a fazenda Buritirana, área de conservação do projeto. “Existe um ciclo de palestras que a professora Gisele Azevedo, do departamento de Biologia, está desenvolvendo e vai ministrar para comunidade sempre com o apoio do Instituto Formação. Então, vai ter uma série de palestras no sentido de conhecer a comunidade e também passar algumas informações sobre a questão de lixo e preservação do meio ambiente de modo geral”, revelou.
De acordo com o pesquisador, a palavra sustentabilidade tem duas facetas e favorece famílias como a de quebradeiras de coco, ao ajudar seus filhos a terem uma nova oportunidade na vida. De um lado está a questão das gerações futuras terem acesso ao ecossistema preservado, utilizando a natureza, o ambiente de forma que não degrade e que, deste modo, nossos filhos e netos tenham também a oportunidade de ter acesso as riquezas naturais do local. Nesse aspecto, a pesquisa quer que os alunos tenham esse cuidado com o meio ambiente e também com o processo continuado de informação.
Essa pesquisa está disponível também no Rádio Inovação.