Governo do Estado vai investir R$ 40 milhões em pesquisas tendo como foco o Porto do Itaqui
Pesquisas voltadas para o Porto do Itaqui receberão nos próximos cinco anos investimentos do Governo do Estado que somam R$ 40 milhões, sendo R$ 10 milhões já em 2022. Os investimentos estão previstos no programa “Porto do Futuro, Programa de Incentivo à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) e preparação de profissionais para o mercado de trabalho (2022 a 2025)”, lançado na última sexta-feira, dia 18, pelo governador Flávio Dino e que contou com as presenças dos presidentes da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), Ted Lago e da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), André Santos.
O programa, resultado de parceria entre EMAP e FAPEMA, visa incentivar à pesquisa, desenvolvimento e Inovação e preparação de profissionais para o mercado de trabalho. Os investimentos serão para concessão de bolsas de pesquisa, financiamento de projetos e pesquisa, intercâmbio portuário e premiação de trabalhos acadêmicos/científicos.
“O programa tem um aporte de R$ 40 milhões para projetos de pesquisa que vão trabalhar em temas que são de interesse do Porto do Itaqui. Isso vai gerar conhecimento, vai gerar incentivos à pesquisa e inovação e, também, implicar em projetos de aprimoramento do Porto do Itaqui. Esses projetos de pesquisa serão desenvolvidos pelas instituições maranhenses, no caso a Universidade Federal do Maranhão, a Universidade Estadual, a UemaSul, o IEMA e universidades privadas. Com isso, nós acreditamos que o Porto do Itaqui terá contribuição desses pesquisadores para aprimorar as suas atividades e crescer, cada vez mais, como um indutor de projetos, de processos de desenvolvimento no Maranhão, gerando emprego e renda”, pontuou o governador Flávio Dino.
Ainda na primeira quinzena de março será lançado o primeiro edital, segundo informou o diretor-presidente da FAPEMA, André Santos. “O convênio é uma oportunidade dos pesquisadores acessarem recursos substanciais e como contrapartida vemos a possibilidade que essa expertise não só do professores mas também dos alunos de mestrado, doutorado, inclusive do ensino médio de alunos do ensino médio, com Iema, com o Ifma, possam propiciar retorno a sociedade maranhense seja através de artigos, de teses de mestrado, de doutorado, mas também de produtos. A grande realização dessa ação é de propiciar uma mão de via dupla, todo sistema do porto se beneficia, mas também a pesquisa no Maranhão e a sociedade”, destacou André Santos.
Ele acrescentou que isso acontece em um momento em que se tem menos recursos federais e o Governo do Maranhão entra com aportes muito maiores que outros estados colocam para pesquisadores. “Aí se beneficia, Ifma, Uema, Uemasul, Ufma, Iema e universidades privadas porque queremos que todas as universidades participem dos editais que vamos lançar”, finalizou André Santos.
O presidente da EMAP, Ted Lago, classificou o Porto do Futuro como um programa inovador não somente para o Maranhão mas também para o Brasil. “Nós queremos que nosso Estado seja um hub, assim como nós somos um hub hoje de economia e de logística, mas também um hub de conhecimento e tecnologia portuária. Que a gente possa envolver a capacidade local. Nós vimos as obras, a expansão do porto. O que une isso tudo é o conhecimento e esse conhecimento a gente quer que seja gerado localmente. Convidamos e provocamos as academias, as universidades públicas e privadas e Iema também, para que possam participar conosco desse crescimento que vai depender de conhecimento. Esse é o grande desafio e beleza desse projeto”, disse Ted Lago.
Texto: Elizete Silva
Fotos: Leidyane Ramos