Futuro da odontologia aponta para utilização de próteses cerâmicas

RUDYS RODOLFO DE JESUS TAVAREZ
Por Ivanildo Santos 30 de maio de 2014

RUDYS RODOLFO DE JESUS TAVAREZAcompanhando a tendência de avanços na industria odontológica, o dentista Rudys Rodolfo de Jesus Tavarez, professor do Departamento de Odontologia do Ceuma Universidade, está coordenando a pesquisa “Avaliação clínica longitudinal de próteses fixas cerâmicas”, que recebe o apoio da FAPEMA por meio do edital Universal.

O objetivo do trabalho é avaliar, em longo prazo, o comportamento de próteses com infraestrutura cerâmica.

“Este tipo de prótese já é comercializado mundialmente. Vamos compará-lo a outros materiais para conhecer a sua durabilidade, alteração de cor e possibilidade de inflamação dos tecidos, por exemplo”, explica o pesquisador.

O novo material é uma tentativa de superar o uso das já consolidadas próteses metalocerâmicas, que, segundo pesquisas, podem durar de 8 a 10 anos.

“A cerâmica é um tipo de material mais biocompatível, o que é muito mais benéfico para o ser humano. O novo material é uma alternativa para que os pacientes não precisem utilizar metais na boca”, conta Rudys Tavarez, graduado em odontologia na República Dominicana.Próteses cerâmicasPróteses cerâmicas

A substituição do metal pela cerâmica tenta pôr fim ao polêmico uso de materiais como a amálgama dentária, uma liga metálica obtida a partir da combinação de mercúrio e outros metais, como prata, cobre e zinco.

Devido à alta toxicidade desses materiais, as amálgamas dentárias têm, inclusive, seu uso proibido em alguns países.

Além de mais vantajosa para a saúde, as próteses cerâmicas apresentam ganhos estéticos, já que o metal bloqueia a passagem de luz, o que resulta em uma prótese visualmente mais artificial, com aspecto acinzentado.

“O custo deste tipo de prótese ainda é alto se comparado às metalocerâmicas. No entanto, as pesquisas realizadas pela indústria odontológica nos levam a acreditar na substituição dos metais”, afirma Rudys Tavarez.

Segundo o pesquisador, o apoio da FAPEMA na realização do estudo garante, ainda, a isenção da pesquisa. “As instituições de fomento, como a FAPEMA, servem para que as pesquisas sejam realizadas sem qualquer tipo de dependência dos fabricantes, garantindo a credibilidade dos resultados”, conclui Tavarez, dominicano que é mestre e doutor em Reabilitação Oral na área de Prótese Dentária pela USP.