FAPEMA visita exposição ‘Um olhar contemporâneo das artes indígenas, no Centro Cultural da Vale
“Um olhar contemporâneo das artes indígenas”. Esse é o nome da exposição que a Vale e o Museu do índio /Funai apresentam no Centro Cultural Vale, no antigo prédio do Liceu Maranhense, no Centro Histórico de São Luís, e que busca proporcionar o conhecimento das diferentes formas de expressão artística, cultural e social dos povos indígenas.
A mostra que iniciou ontem, 02, teve a presença da coordenadora do setor de Bolsas da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), Helida Aragão.
“É uma exposição que encanta não só pela beleza, mas por todo o conteúdo interdisciplinar, que abrange a história, as expressões linguísticas e seus significados. Cada peça indígena exposta no Centro Cultural Vale revela a riqueza da diversidade cultural e suas manifestações” destacou a coordenadora.
“Quando olhamos para um mundo diferente do nosso, onde temos hábitos, costumes e manifestações diferentes, temos a possibilidade de expandir nosso conhecimento. Por isso, a importância para divulgação da cultura indígena em nossa sociedade”, completou Hélida Aragão.
A exposição apresenta adornos, representações corporais, além de fotos, filmes e outros registros que foram recuperados para mostra.
Na ocasião, o antropólogo e diretor do Museu do Índio, José Carlos Levinho, que também é curador da exposição, agradeceu a todos os envolvidos no projeto e destacou que o trabalho retrata a riqueza, beleza e a complexidade cultural dos povos indígenas do Maranhão, como os Kaapor, os Guajajara, os Tembé e os Timbira.
“As coleções são de grande expressão artística e cultural e pertencem ao acervo do Museu do Índio. A mostra aponta para o entendimento sobre as manifestações estéticas dos grupos indígenas nas artes gráficas e nos ornamentos que levam a compreensão das concepções de mundo e dos seus modos de ver. Com a exposição pretendemos ampliar o olhar sobre a diversidade cultural desse país”, explicou o diretor do Museu do Índio.
O representante institucional da Vale, o diretor de Operação Logística, Zenaldo Oliveira, comentou sobre a alegria e a satisfação pela revitalização do prédio histórico e a exposição cultural indígena.
“Estamos dando nosso segundo passo nessa jornada, primeiro passo foi a restauração e acredito que esse prédio por si só já será motivo de exposição. Para quem gosta de história, gosta de arte e de cultura, certamente, aprecia um prédio como esse que tem uma história fantástica aqui no Maranhão. E o segundo passo é de poder apreciar a arte contemporânea e dar condições para que a comunidade possa desfrutar desse espaço, trocando experiências”, destacou.
A superintendente do IPHAN/MA, Kátia Santos Bogea, afirmou que foi um trabalho e tanto, mas que conseguiu chegar a um momento especial.
“No início, quando começamos a discutir dentro do projeto de incentivo, da lei Roaunet, com a Fundação Vale qual seria o projeto do museu da língua portuguesa em função do que esse prédio representa por ter sido o antigo Liceu, porque ele está ligado aos grandes homens maranhenses da literatura, e São Luís é patrimônio mundial, mas um dos patrimônios mais incríveis que esse estado tem é o patrimônio literário, nós somos dentro do Brasil um estado que tem uma representação literária preponderante na formação desse país”, destacou.
A secretária de Estado da Cultura, Olga Simão, falou que esse momento é extremamente importante, porque traz para São Luís a possibilidade de um Centro Cultural mais amplo, com mais possibilidade de pesquisa, de participação das escolas, da sociedade, dos turistas.
“O Governo do Estado, ao longo desses anos, sempre por orientação da governadora tem tido um cuidado de trabalharmos e de termos um olhar sobre todas as áreas da cultura, mas em especial sobre nosso patrimônio material, esse patrimônio principalmente em São Luís que é o maior. E resultado disso, nós fizemos uma parceria com o IPHAN para realização do PAC das cidades históricas.
A exposição está aberta de terça a sábado, das 9h às 16h. Ela ficará no Centro Cultural Vale, na Rua Direita, nº 149, até abril de 2015.