Fapema apóia exposição “Zeladores de Voduns e outras entidades”

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Por Ivanildo Santos 10 de novembro de 2009

Os terreiros africanos e as semelhanças entre o Maranhão e o Benin são o tema da exposição “Zeladores de Voduns e outras entidades – do Benin ao Maranhão”, do fotógrafo Márcio Vasconcelos, que será aberta nesta quinta-feira, 12, às 20h, na Casa do Nhozinho, na Rua Portugal, Praia Grande. convite-frente1

 

A exposição recebe apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). Durante o lançamento do trabalho fotográfico, o antropólogo beninense Hippolyte Brice Sogbossi conversará com o público presente.

 

Segundo Márcio Vasconcelos, a inspiração para o projeto nasceu do fato de o Maranhão ser conhecido como a terra do Tambor de Mina, sendo o estado brasileiro com os terreiros mais antigos. “Hoje, somos considerados o principal centro de preservação da cultura jêje”, informa o fotógrafo.

 

Vasconcelos lembra ainda que, em 2008, o Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), reconheceu o Tambor de Crioula como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.

 

Não é a primeira vez que Márcio Vasconcelos usa o tema dos tambores de mina em seus trabalhos fotográficos. Em 2007, ele idealizou e lançou o projeto “Nagon Abioton – Um Estudo Fotográfico e Histórico sobre a Casa de Nagô” e é autor do ensaio fotográfico “Negros da Fé”.  

 

Além de fazer o registro fotográfico da cultura popular do Maranhão, Vasconcelos também possui um trabalho voluntário e pioneiro junto à Associação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Aconeruq).

 

Recursos da Fapema destinados a projetos artísticos

 

Em recente evento, a diretora-presidente da Fapema, Rosane Guerra, afirmou que os recursos da Fapema também podem ser disponibilizados à cultura e à arte. “O artista é um pesquisador, porque estuda materiais, área de atuação e contexto; ele não vive só de inspiração. Nosso papel também é dar incentivos à arte maranhense”, destacou.