Combater doenças nas lavouras de tomate é objetivo de pesquisa apoiada pela FAPEMA

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Por Ivanildo Santos 5 de julho de 2013

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Entre as doenças de importância econômica que afetam o tomateiro destaca-se a murcha de fusário. Plantas com esta doença apresentam murcha das folhas superiores, as folhas mais velhas tornam-se amareladas, os frutos não se desenvolvem, amadurecem ainda pequenos e a produção é reduzida. O controle da doença é o objetivo da pesquisa intitulada “Indução de Resistência Como Alternativa de Manejo Ecológico da Fusariose do Tomateiro em São Luís-MA”, coordenada pela professora doutora Antônia Alice Costa, da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.

O trabalho, que tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico do Maranhão – FAPEMA, por meio do edital Universal, demonstra a possibilidade do controle da doença através de uma estratégia de manejo ecológica, gerando conhecimento básico sobre aspectos bioquímicos envolvidos na defesa da planta sob condições maranhenses.

“A pesquisa indica que os produtos testados agem com diferentes mecanismos de indução de resistência em função das enzimas ativadas, mostrando que a utilização de combinações ganha importância quanto ao aumento da amplitude da proteção”, revela a pesquisadora.

No Maranhão, o agricultor familiar utiliza de forma inadequada grande quantidade de agroquímicos no controle de fitopatógenos (agentes causadores de doenças nas plantas) principalmente na cultura do tomateiro, que é muito sujeita ao ataque de doenças. Essa atividade vem causando impactos ambientais e sociais em todo o estado, havendo, então, necessidade de se reverter este panorama.

A pesquisa é peça fundamental para alavancar o desenvolvimento em diversas áreas. Nas áreas das Ciências Agrárias (Agronomia) não é diferente, pois as doenças em plantas cultivadas constituem fatores limitantes nos sistemas de produção, ocasionando perdas consideráveis, ou mesmo inviabilizando o cultivo de determinadas culturas.

Dessa forma, a pesquisa contribuiu para a sociedade fornecendo respostas aos produtores, como o uso de indutores de resistência, caracterizada como medida alternativa no manejo da fusariose, buscando o desenvolvimento sustentável dentro dos princípios agroecológicos, que proporciona significativa redução de impactos ambientais, que os agroquímicos vêm causando ao longo dos anos.

Apoio – O apoio da FAPEMA, segundo a pesquisadora foi fundamental, viabilizando recursos, que proporcionaram o desenvolvimento das atividades, cumprindo-se assim os objetivos da pesquisa, com incremento da tecnologia no sistema produtivo. “Ao mesmo tempo permitiu o envolvimento de alunos de mestrado, iniciação científica e bolsistas na modalidade Bati, contribuindo para a formação e capacitação de recursos humanos para atuarem no nosso estado”, destacou Antônia Alice.

“A Fapema vem desenvolvendo um excelente trabalho e através de editais tem proporcionado o financiamento de projetos de pesquisas em diversas áreas do conhecimento, no estado do Maranhão, de forma a promover o desenvolvimento científico e tecnológico, e ao mesmo tempo estimular a formação e estruturação de grupos de pesquisas. No caso do desenvolvimento desta pesquisa, a participação da fundação”, completou.

Pesquisa – Com o objetivo de estudar o efeito de indutores de resistência para o controle da fusariose do tomateiro, causada pelo fungo FusariumoxysporumSchlecht f. sp. lycopersici, avaliou-se os produtos acibenzolar-S-metil (ASM), Agro-Mos, Quitosana, Biopirol e óleo de Nim sobre o patógeno, determinando o potencial de inibição do crescimento micelial e da esporulação de F. oxysporum f. sp. lycopersici e sobre a expressão de resistência sistêmica em plantas de tomateiro, a fim de constituírem barreira contra o aparecimento do patógeno.