Casca de coco é utilizada para produzir placas de isolamento térmico e acústico

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Por Ivanildo Santos 21 de outubro de 2015

0-coquilhodobrasil1A água de coco possui inúmeros benefícios para a nossa saúde. No entanto, quando se trata de sustentabilidade, o seu consumo pode trazer sérios problemas ambientais, já que a casca descartada após o consumo da água demora cerca de dez anos para se decompor.

Com o intuito de gerar benefícios ambientais, a empresa Coquilho do Brasil, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), por meio do Edital Tecnova, está desenvolvendo um novo produto a partir do resíduo (casca) do coco para ser utilizado na construção civil como material acústico e térmico, em forma de placas. O projeto está em exposição no stand da Fapema durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

De acordo com o gerente comercial da Coquilho do Brasil, Anderson Diego, a ideia surgiu a partir da observação do grande volume de cascas que são destinadas ao lixo todos os dias. “O nosso produto é a confecção de placas com características acústicas e térmicas feitas a partir do pó da casca de coco, que poderão ser utilizadas na construção civil como revestimentos e forros, para melhorar o ambiente diminuindo assim o consumo de energia com ares-condicionados e também na diminuição de ruídos”, disse Anderson Diego.

0-coquilhodobrasil2O processo produtivo da empresa ainda é bem artesanal, pois ela ainda não dispõe de máquinas modernas e de grande porte. Hoje a coleta das cascas é realizada nos pontos de vendas de água de coco em alguns bairros de São Luís, entre eles Areinha (Mercado do Peixe), Cohab, Calhau e Olho D’Água.

“Possuímos um pequeno triturador o qual nós esmigalhamos as cascas. Depois prensamos para tirarmos o excesso de água, colocamos para secar ao sol e por último peneiramos para separar a fibra do pó. A partir daí iniciarmos o processo de produção da placa da casca do coco com características acústicas e térmicas. O pó da casca é misturado com resinas não inflamáveis em uma prensa para a moldagem e depois secamos. Após isso prensamos novamente para compactação da placa”, explicou Anderson Diego.

O resultado esperado é a construção de um novo produto competitivo e com baixo custo de produção. “Esperamos que o apelo ambiental, econômico e social venha ajudá-lo a ser inserido no mercado produzindo emprego e renda”, afirmou o gerente comercial da Coquilho do Brasil, empresa ganhadora do Prêmio Fiema de Sustentabilidade Ambiental na categoria Empresa de Pequeno Porte, pelo projeto de uso de casca de coco como alternativa ecológica.