Capacidade de inovação das pequenas e médias empresas maranhenses é foco de estudo
As pequenas e médias empresas são fundamentais para o crescimento do país. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE), elas representam 20% do Produto Interno Bruto, e são responsáveis por 60% dos 94 milhões de empregos no território nacional.
No Maranhão, as PMEs representam mais de 95% dos estabelecimentos formais, e geram mais de 41% dos empregos.
Apesar de sua importância para a economia, muitas dessas empresas não permanecem no mercado. “O ambiente econômico turbulento no qual estão inseridas dificulta o seu crescimento e a sua sobrevivência ao longo do tempo”, explica o professor Leonardo Leocádio Coelho de Souza, do Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia (CCSST), da Universidade Federal do Maranhão – Campus de Imperatriz.
Para sobreviverem nesse cenário instável, as pequenas e médias empresas têm que desenvolver estratégias competitivas baseadas na profissionalização do negócio, a fim de alcançar maior produtividade, qualidade e consequente redução de custos, visando atender às necessidades e expectativas dos clientes.
Mas como conseguir isso? O segredo do sucesso, segundo Leonardo de Souza, não está apenas nos excelentes produtos, mas no conhecimento, que permite à empresa inovar e criar bons produtos.
“Isto requer comunicação, envolvimento e compromisso com o uso do conhecimento disponível para facilitar a inovação”, argumenta o professor.
Esse é o foco central de um estudo coordenado pelo professor Leonardo e que conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento científico e Tecnológico do Maranhão – Fapema, por meio do Edital Universal (Nº. 001/2014).
A ideia é desenvolver uma metodologia que permita diagnosticar e avaliar a capacidade de inovação e de crescimento das pequenas e medias empresas maranhenses, através da identificação e/ou implementação das práticas da gestão do conhecimento.
A pesquisa teve início em 2010 com o projeto Dynamic SME, financiado pela União Europeia, com o propósito de analisar as capacidades de inovação e crescimento de pequenas e médias empresas da Alemanha, Espanha, Argentina e Brasil.
Posteriormente, o Grupo de Pesquisa Inovar da UFMA, Campus Imperatriz, deu continuidade aos estudos, passando a investigar a capacidade de crescimento e inovação das PMEs maranhenses.
“Atualmente, o estudo encontra-se na fase de identificação de práticas e ferramentas de gestão do conhecimento que possam auxiliar essas empresas a potencializarem suas competências e capacidades e, assim, aprenderem a crescer e a inovar de forma sustentada”, declarou o pesquisador.
Além do professor Leonardo de Souza, também participam do projeto a pesquisadora Jaqueline Rossato e alunos dos cursos de Direito e Ciências Contábeis da UFMA.