Anvisa proíbe importação e comercialização do cigarro eletrônico

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Por Ivanildo Santos 26 de agosto de 2009

Segundo diretor da agência, dispositivo tem substâncias cancerígenas.
Decisão deve ser publicada no Diário Oficial ainda nesta semana.


cigA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu no começo da noite desta terça-feira (25) a importação e a comercialização do cigarro eletrônico. De acordo com o órgão, o equipamento libera nicotina e outras substâncias cancerígenas e não ajudava no propósito de fazer o usuário parar de fumar. A decisão deve ser publicada ainda nesta semana no Diário Oficial da União.

“Na verdade, o dispositivo tem as mesmas substâncias que são nocivas. Dizia-se que o cartucho do cigarro [eletrônico] era livre de nicotina, mas a FDA [agência americana responsável pela regulamentação de alimentos e remédios nos EUA] mostrou que há presença dela”, afirmou ao G1 o diretor da Anvisa Agenor Álvares. Segundo ele, a decisão foi baseada em estudos científicos.

De acordo com Álvares, o fato de o cigarro eletrônico não ter efeito diferente do cigarro normal e ser vendido como “alternativa” foi determinante para a proibição. “Muita gente comprava e trazia de boa fé o cigarro eletrônico com a ilusão de que o aparelho ia ajudar a parar de fumar”, disse.

A importação do equipamento pela internet também fica proibida. Segundo o diretor, as autoridades sanitárias não deixarão entrar no país aparelhos que tenham sido comprados pela rede. O cigarro eletrônico, diz Álvares, já era barrado nas alfândegas dos aeroportos.

Caso os fabricantes consigam comprovar cientificamente para a Anvisa que o cigarro eletrônico tem alguma propriedade terapêutica, o diretor disse ao G1 que a agência pode rever a decisão.