Aberta votação para eleger vencedor do Prêmio FAPEMA 2024 na categoria PopVídeo
Aberta votação para eleger vencedor do Prêmio FAPEMA 2024 na categoria PopVídeo
A Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) abriu a votação para escolha do vencedor do Prêmio FAPEMA 2024: Inovação, Desenvolvimento e Sustentabilidade para o Maranhão, na categoria PopVídeo Ciência. Três trabalhos são finalistas desta que é a 19ª edição do evento considerado o ‘Oscar’ da ciência maranhense. A seleção dos finalistas considerou a originalidade, objetividade e habilidade do candidato em transmitir sua pesquisa pela comunicação oral. A escolha foi feita por um Comitê de Julgamento, formado por consultores ad hoc, de instituições de ensino de fora do Estado. Os vídeos e o link de votação estão disponíveis no endereço https://www.fapema.br/votacao-premio-fapema-2/. A votação pode ser feita nesta quarta (11) e quinta (12), e o vencedor será divulgado na sexta (13).
As propostas se destacam pela relevância social e ambiental, mostrando o potencial de inovação em diversas áreas do conhecimento, dialogando com desafios atuais e trazendo novas perspectivas de atuação, em suas respectivas áreas. O presidente da FAPEMA, Nordman Wall parabenizou os finalistas e ressaltou que “as propostas são inovadoras e têm preocupação com a sustentabilidade, abordando questões necessárias para o futuro, como o aproveitamento de recursos naturais, o acesso às novas tecnologias e a melhoria da alimentação saudável, portanto, todas com potencial para receber o Prêmio FAPEMA”.
Em ‘Metodologias para Elaboração de Couro Ecológico de Tilápia do Nilo (Oreochromis Niloticus) Com a Utilização de Material Sustentável Disponível na Biodiversidade Maranhense’, a pesquisadora Marlyne Garcia Franco, que cursa Medicina Veterinária na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), avalia o desenvolvimento de um couro ecológico, a partir do resíduo de tilápia do Nilo, que é abundante no Maranhão. O objetivo é destinar esse material de forma sustentável, preservando o meio ambiente, aproveitando a biodiversidade local e reduzindo o uso de materiais sintéticos. A partir daí, transformar resíduos pesqueiros em um produto ecológico, que possa substituir o couro convencional. “Estou muito feliz em participar e concorrer a um prêmio tão importante para os pesquisadores. O projeto pode auxiliar na renda e sustentabilidade de comunidades e ajudar o meio ambiente, uma vez que as peles são descartadas de forma errada e pode ter um uso útil”, ressalta Marlyne Franco.
Na proposta, ‘A Robótica como Ferramenta Interdisciplinar de Ensino em Escolas Indígenas da Cidade de Grajaú-MA’, o pesquisador Murilo Otávio de Sousa Nobre, que cursa Informática, 3° ano, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA)-Campus Grajaú, quer levar a robótica para escolas indígenas, como ferramenta de ensino interdisciplinar, respeitando e valorizando a cultura e os conhecimentos locais. Ele avalia que a utilização da robótica para educação tem o potencial de estimular o pensamento crítico, a criatividade e a resolução de problemas e, ao mesmo tempo, promover uma educação mais inclusiva e adaptada à realidade das comunidades indígenas.
Murilo Nobre conta que estava ansioso pelo resultado. “Estou orgulhoso de ter sido selecionado, por mim e por destacar uma minoria frequentemente negligenciada. Acredito que todos têm o direito de acessar as facilidades da robótica e da tecnologia, para melhorar sua qualidade de vida, respeitando a etnia e cultura de cada pessoa, o que fortalece o desenvolvimento individual e preserva as raízes da comunidade”, enfatizou.
Por fim, a proposta ‘Qualidade Nutricional e Sensorial de Bebida Plantbased’, de Samyla Pereira Cavalcante, que cursa Engenharia de Alimentos, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA)-Campus Imperatriz, investiga as propriedades nutricionais e sensoriais de bebidas à base de plantas, alinhando-se às tendências de consumo de alternativas mais sustentáveis e saudáveis, no mercado de alimentos. Ela destaca o mercado em crescimento e o foco do estudo em melhorar a qualidade desses produtos, sem a perda dos benefícios nutricionais. A ideia é promover alternativas alimentares que reduzam impactos ambientais e promovam a saúde.
“Ser finalista do Prêmio FAPEMA é uma honra! É gratificante saber que minha pesquisa contribui para o desenvolvimento do Maranhão e é reconhecida. A bebida vegetal de arroz vermelho, alternativa sustentável ao leite bovino, promove inclusão alimentar e oferece benefícios à sociedade. Sou grata e ainda mais motivada a fazer a diferença com a ciência!”, ressaltou Samyla Cavalcante.
Concorrem na categoria PopVídeo Ciência estudantes do ensino médio ou técnico, graduação, mestrado e doutorado vinculados a Instituições de Ensino sediadas no Maranhão. A votação é popular, uma forma de envolver a sociedade no processo de escolha dos melhores trabalhos. Além destes, mais 56 pesquisadores, vencedores das oito categorias da premiação. O vencedor receberá o troféu na solenidade do Prêmio FAPEMA 2024, que acontecerá em janeiro de 2025.
Reconhecimento à pesquisa maranhense
O Prêmio FAPEMA 2024 vai contemplar mais de 50 pesquisadores, em oito categorias – Jovem Cientista, Dissertação de Mestrado, Tese de Doutorado, Pesquisador Sênior e Jornalismo Científico, que reconhecem os primeiros colocados – e, Pesquisador Júnior e Popvídeo Ciências. Além do valor em dinheiro, que varia de R$ 1.250 a R$ 6 mil, os premiados em cada categoria receberão troféu e certificado.
Também serão homenageadas com Certificado de Menção Honrosa, os selecionados que obtiverem propostas na fase final. A homenagem mostra o nível da produção científica no Maranhão e reconhecendo os pesquisadores que desenvolvem soluções, utilizando as ferramentas disponíveis para fazer ciência, tecnologia e inovação.