UEMA realiza depósito de patente internacional
“Natural repellent against the Aedes aegypti mosquito”. Esse é o título da primeira patente internacional depositada pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). O depósito foi realizado por meio do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), viabilizado pelo Núcleo de Inovação Tecnológica da UEMA (NIT) e financiado pela FAPEMA, por meio do Edital Nº 015/2016 – Patentes.
O estudo refere-se a um repelente natural contra o mosquito Aedes aegypti, de uso tópico na forma de creme-gel, obtido a partir de emulsão do extrato das folhas de Nim Indiano (Azadirachta indica A. Juss) e óleo de Babaçu (Orbignya phalerata Martius).
A inovação foi desenvolvida pelos pesquisadores: Maria Célia Pires Costa (UEMA), Adriana Leandro Camara (UFMA), Elisabete Pereira dos Santos (UFRJ), Eduardo Ricci Júnior (UFRJ) e pelas ex-alunas da UEMA Bruna Fernanda Silva de Sousa (Agronomia), Thauany Hellmann (Química Licenciatura), Livia Cinara Diniz Dias (Química Licenciatura) e Antônio Luis Ribeiro Soares (técnico de laboratório/UEMA).
O projeto da pesquisa “Caracterização dos lipídeos do óleo de Babaçu (Orbignya phalerata Mart.), conforme a Região de Origem, no Estado do Maranhão, e Estudo do seu Potencial para Uso em Emulsões Cosméticas”, coordenado pela professora Célia Pires, do qual resultou essa inovação, foi financiado por meio do Edital 01/2009 FAPEAM/FAPEMA/FAPESPA/FUNTAC/SECTTO – Rede Amazônica de Pesquisa e Desenvolvimento de Biocosméticos (REDEBIO). A constituição da rede interestadual foi fruto do incentivo da FAPEMA.
A pesquisa foi coordenada pela professora Célia Pires, chefe do Laboratório de Macroléculas e Produtos Naturais, pertencente ao Departamento de Química e Biologia da UEMA, em parceria com o Laboratório de Desenvolvimento Galênico da Faculdade de Farmácia (LADEG/UFRJ) e a UFMA.
Para a coordenadora, o papel das instituições envolvidas em todas as etapas foi fundamental para a realização do pedido de patente internacional. “Ainda se faz necessária a conclusão da trajetória pesquisa→inovação→tecnologia, mas vale registrar a relevância do caminho percorrido até agora, na formação de futuros pesquisadores/inovadores e na criação de perspecticas para o Estado do Maranhão”, destacou a docente.