Investimento em infraestrutura de pesquisa chega a R$ 360 milhões

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Por Ivanildo Santos 14 de julho de 2009
finepA FINEP vai investir R$ 360 milhões na melhoria da infra-estrutura física de pesquisa de 119 instituições públicas de ensino superior de todo o País. Esse é o resultado da última Chamada Pública do Proinfra – Programa de Infraestrutura, anunciado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, durante a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que este ano acontece de 12 a 17 de julho em Manaus (AM).

Este é o maior volume de recursos já disponibilizado pelo programa que, de 2001 a 2007, investiu R$ 819,7 milhões no setor. Do total de recursos, que vão apoiar 345 projetos de criação, modernização e recuperação de laboratórios de pesquisa, 36% serão destinados às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os R$ 360 milhões do edital são do Fundo Setorial CT-Infra e serão usados, basicamente, para pagamento de despesas com obras e aquisição de equipamentos. A liberação do financiamento acontece no decorrer de três anos, a partir de 2009.

Ao todo, 160 instituições apresentaram propostas à Chamada Pública lançada em novembro de 2008, mas apenas 119 foram qualificadas. Segundo o presidente da FINEP, Luis Fernandes, o Proinfra se consolida agora como uma fonte segura e contínua de recursos para o setor. Desde 2001, os editais do Programa são lançados sempre nos meses finais do ano. Em 2007, a FINEP lançou uma chamada pública do Proinfra no valor de R$ 160 milhões. Em 2005, foram R$ 150 milhões destinados à infra-estrutura de pesquisa. “Esta regularidade permite que as universidades planejem os investimentos na melhoria da qualidade da pesquisa”, afirma Fernandes.

O Centro de Ensino e Pesquisa em Ciências da Antártica e Mudanças do Clima, criado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é um exemplo de projeto apoiado pelo Proinfra. Trata-se do primeiro centro na América do Sul voltado para o ensino e pesquisa dos processos atmosféricos.

Os recursos do programa possibilitaram também a criação do Núcleo de Pesquisa em Inovação Terapêutica, desenvolvido pelo Núcleo de pesquisa em Inovação da Universidade Federal de Pernambuco. Nesse caso, foi construído um espaço que reúne hoje pesquisadores do setor de insumos estratégicos para a saúde, com ênfase em fármacos e medicamentos, como antiinflamatórios, antidiabéticos e anti-hipertensivos.

Na Região Norte, o estado do Amazonas teve quatro projetos aprovados no valor total de R$ 13,2 milhões. Os recursos serão aplicados na melhoria da infraestrutura de pesquisa da Universidade Federal Rural da Amazônia, da Fundação Universidade do Amazonas, do Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de proteção da Amazônia.

Fonte: FINEP