Campanha TicTacTicTac alerta para mudanças climáticas

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Por Ivanildo Santos 8 de outubro de 2009

Há apenas dois meses da 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, com os governos mundiais reunidos em Copenhague, na Dinamarca, uma campanha, também mundial, reforça a importância e a urgência do combate às mudanças climáticas e suas consequências. A TicTacTicTac, uma iniciativa que reúne pessoas físicas e jurídicas, ONGs e grupos sociais, religiosos, profissionais e empresariais, reivindica um acordo no encontro em Copenhague.campanha_tictac

Para o coordenador executivo da campanha no país Aron Belinky, “é preciso trabalhar desde já para que as lideranças governamentais firmem um compromisso capaz de proteger e incentivar o desenvolvimento de alternativas efetivas para reverter o curso atual das emissões de gases do efeito estufa.” Ele acredita que a mudança seja essencial para evitar um futuro catastrófico e garantir a vida humana.

É possível participar da campanha no site da TicTacTicTac, entre os dias 7 e 19 de dezembro. As assinaturas recolhidas no Brasil serão enviadas ao presidente Lula e incluídas em um banco mundial de dados, que já conta com um milhão de assinaturas e pretende chegar a 6 milhões. Só no Brasil, a meta é de 500 mil assinaturas.

Propostas da Campanha

– Garantir que o aquecimento global ficará bem abaixo dos 2ºC em relação à média histórica, estabelecendo metas e mecanismos para que, antes de 2020, comecem a decrescer as emissões globais de gases do efeito-estufa.

– Reduzir as emissões dos países desenvolvidos em pelo menos 45% até 2020, frente aos níveis de 1990.

– Estabelecer objetivos mensuráveis, verificáveis e reportáveis para redução substancial das emissões de países em desenvolvimento emergentes e em rápido crescimento econômico, viabilizados por medidas apropriadas a cada país.

– Apresentar medidas concretas de mecanismos e compromissos de aportes financeiros para apoiar países em desenvolvimento na estabilização e posterior redução de emissões, e na sua adaptação às mudanças climáticas.

– Aprovar a criação de soluções e mecanismos de REDD (Reduções de Emissões Associadas ao Desmatamento e à Degradação Florestal), justos e aplicáveis a curto prazo.

– Promover a sustentabilidade e dignidade do desenvolvimento humano e a integridade dos processos ecológicos, mediante a transformação da economia e o fortalecimento da democracia.