Aos pais com carinho
A Ciência é a arte de gerar conhecimentos para proporcionar felicidade à humanidade. A Ciência volta-se para a vida, vida em felicidade.
Dedicar-se à ciência, à pesquisa e à produção de conhecimento para o mundo é transcender a si, isso compreende uma dimensão de superação do apego à individualidade; uma vez que exige o cuidado para com o outro, para com a sociedade. Nesse sentido, o ato da paternidade aproxima-se do exercício de fazer ciência realizada pelos cientistas no que diz respeito à busca criativa pelo conhecimento de algo que não está dado a priori.
Aprende-se a SER PAI na relação apaixonante e apaixonada pelo(s) ser(es) que nos são apresentados nos encontros da vida; logo, o pai é quem cria (já diz o dito popular). Pai cuida… ama… sendo o seu filho(a) fruto de uma relação genética ou não.
O amor paterno é imenso, mas não menos exigente na relação com filhos(as), com vistas à construção de caminhadas seguras e felizes, tal qual a investigação cientifica que precisa de orientações, direções para conseguir alcançar objetivos. Às vezes, essas exigências tornam-se difíceis na relação; mas, legitimas, pois como diz a canção “…quando a gente ama é claro que a gente cuida…” e cuidar é também dizer não.
Nas sociedades contemporâneas, o papel do pai tem sido redimensionado e tal fato tem profunda alteração na sociedade. E mais uma vez, valores e costumes vão transformando-se também pela ciência. As diversas áreas do conhecimento nos mostram que os comportamentos entre o pai e os filhos reconfiguram as sociedades, uma vez que nessa relação se redesenham laços de paternidade, de sociabilidades, de famílias e, portanto, de amores.
Assim, independente da cor, raça/etnia, orientação sexual, credo ou religião, idade e outras diferenças, as construções e reconstruções do amor paterno vão se dando em meio às “turbulências sociais”, encontros, desencontros e reencontros de gerações entre pais e filhos reafirmam o lugar do amor, dos desafios e das descobertas. Novas formas de amor surgem, renascem; e outra canção nos ensina que “..toda maneira de amor vale a pena…”. E ao amadurecermos, compreendemos plenamente que os sermões se misturam aos afagos, que um não, tem o sentido de um sim para o aprendizado da vida. Que esse amor nos nutriu para sermos o que somos desde os primeiros passos na infância.
A FAPEMA deseja a todos os pais pesquisadores e aos pais que formam o seu corpo técnico e diretor, um FELIZ DIA DOS PAIS. Para aqueles cujos pais já não se encontram nessa dimensão que esse dia seja repleto de felizes recordações.
Silvane Magali Vale Nascimento