Representantes da AL e Caribe preparam documento a ser apresentado na Conferência Mundial de Ciência
Teve início ontem (23) em Buenos Aires, Argentina, o Segundo Fórum Regional sobre Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação na América Latina e no Caribe, fase preparatória para as discussões que ocorrerão na Conferência Mundial de Ciência, em novembro próximo, em Budapeste, Hungria. Os países que compõem estes blocos pretendem defender a ciência, tecnologia e inovação como instrumentos fundamentais para a sustentabilidade do planeta e para o processo de inclusão social.
O Brasil está representado no Fórum pelo secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Elias, pelo membro do Conselho Deliberativo do CNPq e diretor da Academia Brasileira de Ciências, Luis Davidovich, e pela vice-presidente do CNPq, Wrana Panizzi, que na tarde de hoje participou da mesa-redonda “O papel das instituições de C&T como instrumentos que orientam a investigação científica, o desenvolvimento tecnológico e inovação produtiva para enfrentar os problemas da região”.
As propostas levadas a Buenos Aires tiveram início com o documento “Declaração da América Latina”, produzido no Fórum Regional do México em março passado. O documento traz como destaques o reconhecimento político mais amplo do papel da ciência, tecnologia e inovação (CT&I) para o processo de desenvolvimento sócio-econômico, aumento dos investimentos em CT&I, valorização e qualificação da educação superior e da educação para a ciência e, também, a busca pela articulação da política de CT&I. Apresenta ainda a situação do desenvolvimento científico e tecnológico na América Latina e Caribe na última década e contou com a contribuição de representantes do Brasil, México, Argentina, Cuba e Guatemala.
Durante as reuniões preparatórias, a representação brasileira buscou desenvolver um trabalho que pudesse resultar numa contribuição mais representativa do Brasil no aprimoramento do documento a ser apresentado na Hungria. Segundo Wrana Panizzi, “o Ministério da Ciência e Tecnologia e o CNPq querem mostrar na reunião de Budapeste o posicionamento do governo brasileiro em relação à adoção de novas políticas de ciência, tecnologia e inovação”. A intenção é defender um novo contrato social da ciência em que o fator “inclusão” tenha peso nos futuros programas de desenvolvimento na Região. Pretende-se, ainda, conceber um programa estratégico regional compartido de ciência, tecnologia e inovação em que se integrem de maneira coordenada as diversas iniciativas nacionais, sub-regionais, regionais, bilaterais e multilaterais que hoje existem.
Amanhã, dia 25, encerramento da reunião, está prevista a aprovação da Declaração Regional da América Latina e Caribe, seguida dos comentários finais dos representantes das instituições organizadoras dos Fóruns Regionais em 2009.