Pesquisa pode ajudar no tratamento de pacientes com artrite reumatóide

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Por Ivanildo Santos 20 de março de 2015

artrite-reumatoide 0Uma pesquisa inédita apoiada pela Fapema pode trazer alívio para aqueles que sofrem de artrite reumatóide (AR), doença que afeta milhares de pessoas em todo o mundo, provocando dor e inflamação crescente das articulações, perda progressiva dos movimentos e alterações do caráter social dos pacientes.

Coordenado pelo professor Marcos Augusto Grigolin Grisotto, da Universidade CEUMA (UNICEUMA), o estudo pretende investigar se o sulforafano – produto de origem natural com poder antioxidante e que já está sendo testado no tratamento de câncer, danos renais e intestinais – também poderia funcionar no alívio dos sintomas da artrite reumatóide.

Apesar de existirem diversos medicamentos utilizados no tratamento dessa doença, nenhum deles é capaz de reverter os danos já ocorridos nas articulações. A artrite reumatóide é tipicamente mediada por linfócitos T (células que têm diversas funções no organismo e são de extrema importância para o sistema imune) e se caracteriza por intensa infiltração de células inflamatórias, que causam a destruição de cartilagem e perda óssea.

De acordo com o professor Marcos Grisotto, embora as causas da AR ainda não estejam totalmente esclarecidas, as alterações observadas no ambiente articular dependem da interação entre diversos tipos celulares que assim contribuem para a progressão da doença. Além disso, a dor é uma queixa constante em uma porcentagem considerável dos pacientes sob quaisquer tratamentos disponíveis.

“Considerando a dor, associada às alterações imunológicas e inflamatórias observadas na artrite reumatóide, o entendimento de elementos comuns envolvidos nesse processo seria de grande importância para a busca de novos tratamentos para essa patologia”, declarou o pesquisador. 

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A pesquisa – que será desenvolvida principalmente pelo aluno de mestrado João Francisco Rodrigues – encontra-se em fase inicial e foi aprovada recentemente pelo comitê de ética em experimentação animal. “Precisamos agora dos materiais, equipamentos e principalmente dos animais (camundongos) para que os experimentos sejam realizados”, disse o professor. 

Marcos Grisotto é coordenador do Mestrado em Biologia Parasitária da UNICEUMA. Possui doutorado em Imunologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado no Mount Sinai School of Medicine, NY, USA. Além do professor Grisotto, alunos de mestrado, doutorado e os pesquisadores Elizabeth Fernandes (UNICEUMA) e Cláudio Marinho (USP) também estão participando do projeto.