Estudo avalia cuidado no atendimento a idosos com doenças crônicas em São Luís – MA

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Por Ivanildo Santos 18 de março de 2015

idososSegundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente existem 600 milhões de pessoas com idade superior a 60 anos no mundo, e esse número deve duplicar até 2025. Com o aumento da idade, surgem doenças crônicas associadas ao processo de envelhecimento – como diabetes, hipertensão arterial e colesterol alto. A maioria delas é associada ou causada por uma combinação de fatores sociais, culturais, ambientais e comportamentais.

Apesar de não terem risco de vida imediato, causam sobrecarga substancial para a saúde, provocando impacto econômico e deteriorando a qualidade de vida de pessoas, famílias e comunidades. Além disso, como exigem maior tempo de permanência hospitalar, recuperação mais lenta e maior frequência de reinternações e de invalidez, essas doenças implicam custos mais altos nos tratamentos desse segmento em relação às demais faixas etárias.

“As condições crônicas no idoso tornaram-se um problema de saúde pública. Por isso, é importante haver ações educativas para prevenção e promoção da saúde desse grupo alvo”, defende Ana Hélia de Lima Sardinha, professora do departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Para a pesquisadora, as políticas públicas de atenção ao idoso precisam garantir eficiência e equidade de distribuição de direitos.

Com o apoio da Fapema, Ana Hélia coordena uma pesquisa que pretende avaliar as características do cuidado aos idosos com doenças crônicas atendidos em São Luís pelo programa Estratégia Saúde da Família. O público alvo são pacientes com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, de sexo masculino e feminino, escolhidos em seis Unidades Básicas de Saúde da capital onde haverá busca nos dados do programa Hiperdia.

A ideia é caracterizar a população idosa com condição crônica segundo variáveis socioeconômicas, demográficas e hábitos de vida (atividade física, tabagismo e consumo de bebida alcoólica), além de traçar o perfil da família cuidadora do idoso e identificar como ela vivencia esse processo. A equipe envolvida na pesquisa acredita que o estudo deverá fornecer dados que podem ajudar a reduzir o aparecimento de fatores de risco e de comorbidades associadas.

“Os índices relacionados aos agravos de idosos com condições crônicas poderiam ser consideravelmente reduzidos se os cuidados com a promoção de saúde, prevenção primária e secundária a esses distúrbios fossem efetivados”, argumenta. Além da pesquisadora Ana Hélia, também participam do projeto professores e alunos do curso de Enfermagem da UFMA ligados ao grupo de pesquisa “Educação e cuidado em Enfermagem: um enfoque sobre a Saúde do Idoso (NUPECE).