Interação online tem modificado relação entre cidadãos e Estado
Não seria exagero afirmar que hoje, na segunda década do século XXI, o mundo está completamente diferente daquele em que a internet começou a se popularizar, lá pelos anos 1980-1990.
O mundo offline, o mundo das interações reais entre os indivíduos, parece sucumbir diante as mil e uma experiências que oonlinetem nos proporcionado. Este temtomado mais espaço do nosso dia-a-dia, com novas formas de comércio e serviços, passando pela busca e efetivação de direitos e, mais recentemente, pela maneira como tem sido utilizada pelo campo político.
Nesse cenário, o Prof. Dr. Francisco Paulo Marques desenvolveu no Maranhão o projeto “Internet, participação e representação política – um estudo dos mecanismos de participação presentes nos websites de parlamentares brasileiros”, onde investiga como o parlamento tem feito uso da internet.
Para Marques, cujo trabalho é apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) por meio do Edital Universal, duas questões devem ser debatidas quando se trata do uso da internet, uma vez que esse é um dos muitos objetos de estudo que merece atenção por parte das Ciências Sociais e Humanas.
“De um lado, a inquietação com as consequências promovidas pelas tecnologias digitais de comunicação e, por outro, a preocupação revelada pela reinterpretação das teorias da democracia”, explica.
Francisco Marques, doutor em Comunicação e Cultura Contemporânea, lembra que hoje as próprias instituições do Estado vêm procurando incrementar o seu relacionamento com os cidadãos, por meio da internet.
“A web é hoje o lugar do debate. Hoje as figuras políticas, como muitas outras, prestam serviços e informações sobre suas ações, e colhem sugestões de aprimoramento quanto à elaboração e execução de políticas públicas”, ressalta Marques.