Fundação Bill e Melinda Gates distribuirá anticoncepcional de US$1,00 nos países mais pobres do mundo

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Por Ivanildo Santos 21 de novembro de 2014

Um acordo fechado recentemente vai disponibilizar para mulheres dos 69 países mais pobres do mundo injeções de anticoncepcionais que custam apenas US$ 1 (cerca de R$ 2,57).

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O dispositivo é chamado de injeção mas não se encaixa totalmente nesta categoria. Possui uma pequena agulha, e não a tradicional seringa, e é de fácil aplicação.

O acordo para disponibilizar este método contraceptivo em tantos países foi fechado pela Fundação Gates (do fundador da Microsoft, Bill Gates), a companhia farmacêutica Pfizer e a Fundação Para Investimento na Infância.

O dispositivo já foi usado para combater a hepatite B na Indonésia. E Burkina Faso foi o primeiro país a usar a injeção como método anticoncepcional.

Testes

Nos primeiros testes as mulheres participantes relataram menos dor no local onde o anticoncepcional foi aplicado, em comparação com as injeções tradicionais.

Rahimata Tiendrébéogo, de 18 anos, usou o Sayana. Ela quer ir para a universidade para estudar inglês e conta que já viu muitas de suas amigas ficarem grávidas, principalmente as mais pobres.

“Não é bom para as mulheres terem bebês tão jovens, pois elas são estudantes… elas não têm recursos para criar uma criança. Sou independente e quero ser uma mulher responsável”, disse.

A falta de anticoncepcionais em países da África Subsaariana ainda é um grande problema.

Quase um quarto das mulheres em idade fértil em Burkina Faso afirmam que gostariam de fazer um planejamento familiar e engravidar apenas quando quiserem. Em média, as mulheres do país têm seis filhos.