Equipe de universidade californiana desenvolve tela de tablet que corrige problema de visão

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Por Ivanildo Santos 4 de agosto de 2014

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O sistema utiliza um software para alterar a luz a partir de cada pixel da tela, com base no grau de óculos da pessoa.

Os pesquisadores também adicionaram um pequeno filtro pinhole, como o de uma câmara escura, para melhorar a nitidez da imagem.

A pesquisa será apresentada na conferência internacional de computação gráfica SIGGRAPH, em Vancouver, em agosto.

A equipe diz que a tecnologia poderia ajudar milhões de pessoas que precisam de lentes corretivas para usar seus dispositivos digitais.

Cerca de uma em cada três pessoas no Reino Unido sofre de miopia. Nos EUA são cerca de 40%, enquanto na Ásia mais de metade da população tem problemas de visão.

Nos últimos anos, vários projetos tentaram usar telas de computador para corrigir dificuldades de vista.
Os autores deste último estudo dizem que seu protótipo oferece “significativamente maior contraste e resolução se comparado com soluções anteriores.”

Siga a luz

A equipe da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveu um algoritmo que leva em conta o problema específico do usuário para ajustar a intensidade de cada ponto de luz emanado de cada pixel em uma imagem.

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O protótipo usou um iPod com um filtro pinhole preso à tela. Para ver as imagens, os pesquisadores usaram uma câmera reflex monobjetiva digital (DSLR) que foi programada para simular uma pessoa com hipermetropia.

As imagens alteradas do iPod apareceram nítidas e claras para a câmera, mostrando que o protótipo foi eficaz em corrigir este problema de vista.

“A importância deste projeto é que, em vez de depender de ótica para corrigir sua visão, usamos a computação”, disse o principal autor da pesquisa, Fu-Chung Huang. “Esta é uma classe muito diferente de correção e é não intrusiva.”

A equipe de pesquisadores acredita que sua ideia, quando aperfeiçoada, poderá beneficiar pessoas que sofrem de problemas de visão mais difíceis de tratar.

“Nós agora vivemos em um mundo onde as telas são onipresentes”, disse o coordenador do projeto na Universidade da Califórnia, professor Brian Barsky.

“As pessoas com problemas graves têm, muitas vezes, irregularidades na forma da córnea, e esta forma irregular dificulta que elas usem lentes de contato”, ele afirmou.

“Em alguns casos, isso pode ser um impedimento para que exerçam alguns trabalhos, porque muitos trabalhadores precisam olhar para uma tela como parte de seu trabalho. Esta pesquisa poderia transformar suas vidas.”

Embora a pesquisa esteja em estágio inicial, os engenheiros por trás do projeto acreditam que a tecnologia tenha um grande potencial na área de correções visuais.

Eles vislumbram telas que possam ser vistas ao mesmo tempo, com nitidez, por múltiplos usuários com diferentes problemas de visão.

“No longo prazo, nós acreditamos que telas flexíveis permitam múltiplos usos: imagem de exibição 3D sem vidro, tela com imagem 2D corrigida, e além.”