Cartilhas educativas auxiliam a comunidade na prevenção da anemia infantil
A infância é uma fase que exige muita atenção por parte dos pais ou responsáveis. Cuidar da alimentação e saúde são requisitos essenciais para um bom crescimento e desenvolvimento.
E uma doença que merece preocupação, e que está entre os quatro fatores mundiais de risco para o desenvolvimento infantil, é a anemia.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, tem afetado 1,62 bilhão de pessoas no mundo. Nos países em desenvolvimento, cerca de 50% das crianças sofrem com a anemia nutricional.
No Maranhão, a pediatra e doutora em biotecnologia Mércia Helena Salgado Leite de Souza, coordena uma pesquisa que verifica a prevalência da anemia em crianças atendidas em uma unidade de saúde em São Luís – MA.
O estudo é apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA, pelo edital de Apoio à Projetos de Extensão – AEXT.
O objetivo da pesquisa é construir um diagnóstico epidemiológico do quadro nutricional, resultante na anemia em crianças de 2 a 5 anos, visando verificar a influência dessa doença no desenvolvimento direto desta população.
Ao todo 500 crianças participaram do estudo e foram atendidas no Centro de Saúde Dra. Nazaré Neiva, no bairro do São Raimundo em São Luís.
As crianças passaram pelos exames hematológico e antropométrico (peso e altura), posteriormente foram comparados para que se pudesse observar a influência da anemia no crescimento daquelas crianças.
A anemia é caracterizada como uma deficiência na concentração de hemoglobina, que é responsável pelo transporte de oxigênio ou deficiência na produção das hemácias.
A anemia nutricional ocorre quando a concentração de hemoglobina está abaixo do recomendado, como consequência da carência de nutrientes essenciais para a produção das células vermelhas do sangue.
O processo de crescimento pode ser afetado diretamente pela anemia, que poderá ocasionar em prejuízo no desenvolvimento mental e motor, alterações comportamentais, fadiga e até mesmo alterações na pele.
Para a coordenadora da pesquisa, prof. dra. Mércia de Souza, fazer uma alerta sobre a anemia é uma das principais preocupações do projeto.
“A maior importância deste trabalho é alertar a comunidade e as instituições de saúde que a elaboração de rotinas relativamente simples e baratas podem evitar danos maiores ao crescimento e desenvolvimento desta faixa etária”.
Para auxiliar a comunidade, quanto ao conhecimento da doença, a equipe da pesquisa desenvolveu uma cartilha explicativa, contendo informações sobre causas e tratamento da anemia. Nesse material há ainda sugestões de alimentação saudável para vários períodos do dia.
A equipe do projeto encontra-se em fase de produção de artigos para a divulgação dos resultados finais.