Potencial antioxidante de plantas medicinais maranhenses é usado no tratamento de Parkinson

Flor Janauba
Por Ivanildo Santos 23 de junho de 2014

Flor JanaubaO Maranhão é um dos estados do Nordeste com maior biodiversidade de espécies vegetais, permitindo um considerável crescimento do uso de plantas medicinas para fins terapêuticos.

Dentre as várias plantas que fazem parte do arsenal terapêutico maranhense, destacam-se as espécies vegetais do gênero Himatanthus.

Pesquisadores associados ao Laboratório de Ensino e Pesquisa em Fisiologia (LEFisio) e Laboratório de Pesquisa e Pós-graduação em Farmacologia (LPPF) da UFMA têm dado especial atenção à espécie vegetal Himatanthus drasticus – uma árvore de grande porte conhecida popularmente como janaúba, janaguba, tiboma, raivosa, pau-de-leite e sucuúba – e cujo extrato pode ajudar a combater a doença de Parkinson.

“As plantas medicinais podem ser os substratos adequados para obtenção de novos medicamentos, uma vez que são insumos acessíveis e já contam com a aceitação popular, um fator que facilita a adesão ao tratamento”, defende o professor Bruno Serra.

Serra é coordenador da pesquisa que pretende avaliar a ação antioxidante do extrato hidroalcoólico das cascas de H. drasticus em modelos animais de parkinsionismo induzido.

As cascas de Himatanthus drasticus foram coletadas na zona rural do município de São Bento e encaminhadas ao Herbário Ático Seabra da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), onde serão identificadas e catalogadas.

Para o professor Bruni Serra, a pesquisa é importante porque não há estudos na literatura avaliando os efeitos farmacológicos em nível de sistema nervoso central (SNC) e antioxidantes dessa espécie.

Além disso, segundo o professor, no Maranhão já existiria ampla utilização do látex (popularmente chamado “leite da janaúba”) e do decocto das cascas de H. drasticus para diversos fins medicinais, embora na maioria das vezes de forma irracional.

A pesquisa é apoiada pela FAPEMA, por meio do Edital Universal (001/2012).

Doença de Parkinson – a DP é uma enfermidade progressiva, constituída principalmente por alterações de movimento que começa normalmente aos 60 anos de idade e é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente entre idosos. Rigidez muscular, desequilíbrio, demência e depressão são alguns dos sintomas típicos.