Hubble captura explosão estelar localizada a 3 800 anos-luz da Terra

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Por Ivanildo Santos 15 de setembro de 2009

Depois de uma reforma feita em pleno cosmo pela tripulação do ônibus espacial Atlantis, em maio, o telescópio Hubble voltou a deslumbrar o mundo na semana passada com suas fotos espetaculares do universo. Munido de novas câmeras, baterias, computadores e gformacao_galaxia_hubbleiroscópios, o veterano telescópio captou, entre outras imagens, a da nebulosa NGC 6302, resultado de uma explosão estelar e localizada a 3 800 anos-luz da Terra. Para se ter uma ideia do que significa essa distância, a luz que o Hubble enxergou partiu da nebulosa há 2 200 anos.

A ciência já produziu uma resposta a essa questão por meio da teoria da matemática fractal, criada por Benoit Mandelbrot, matemático polonês radicado nos Estados Unidos. Usando programas de computador, Mandelbrot formulou a tese de que, ao contrário do que supõe o senso comum, a natureza tem um repertório reduzido de formas, que se repetem indefinidamente nos reinos animal, vegetal e mineral. O sistema vascular que transporta a seiva nas folhas das plantas é similar aos deltas dos rios.

Vistos com microscópio, os cristais dos flocos de neve seguem os mesmos padrões geométricos. As articulações dos braços humanos são iguais às dos braços do jacaré. Não é de se espantar, portanto, que uma nebulosa nos confins do espaço assuma a forma de uma borboleta bem terrestre. Só mesmo o grande Hubble – que com a reforma deve continuar funcionando até 2014 – para enxergar tão longe e trazer à tona essa semelhança.