Museu Afrodigital do Maranhão possibilita o acesso à história por meio da tecnologia
Um encontro com a história e a tecnologia da informação. O Museu Afrodigital do Maranhão permite o acesso ao conhecimento e transforma o passeio em uma navegação pela cultura afrobrasileira através da internet. O site reuniu na web todos os tipos de mídias cuja importância está na divulgação da cultura para sociedade e ensino para o desenvolvimento de estudos aos interessados.
Esse projeto tem a coordenação do antropólogo e museólogo, Sérgio Figueiredo Ferretti, ligado à Universidade Federal do Maranhão – UFMA, e teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES.
“Temos coleções sobre religião, cultura popular, quilombos e exposições temáticas. Em cada uma dessas coleções, dispomos de documentos, imagens, vídeos e áudios. O museu tem cerca de 2.500 fotos expostas. Imagens, por exemplo, da pesquisa de Mário de Andrade, em 1938, no Maranhão, cedido pela Biblioteca Municipal de São Paulo e além de fotos cedidas por fotógrafos, pesquisadores aqui do Maranhão e de outros estados. Há também todo um trabalho técnico, que é feito pelo setor de informática da UFMA”, afirmou Sérgio Ferretti.
O museu digital foi iniciado há três anos e está interligado em rede com outros museus digitais das Universidades Federais da Bahia (UFBA), Pernambuco (UFPE) e a Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e estimula o uso da memória social tanto maranhense como nacional, promovendo relações de reconhecimento e identificação. Nesse aspecto, a ideia foi de construção de um acervo de documentos digitais e de um museu com memórias vivas.
Essa oportunidade de integrar os sites permitiu ainda um maior intercâmbio de informações. “Nessas quatro universidades, começamos um projeto para criar em cada uma o museu afro-digital, cujo objetivo é recolher e divulgar materiais relacionados com a cultura afro-brasileira, tendo em vista a importância da cultura na sociedade e a importância da legislação nacional que exige divulgação e ensino de estudos afros.Então é um instrumento importante da divulgação da cultura afro-brasileira no Maranhão”, comentou o antropólogo.
Segundo o pesquisador Sérgio Ferretti, o site tem muitos acessos e só no ano passado tiveram mais de 10 mil consultas. E pensando em melhorar ainda mais a interatividade do museu afro-digital do Maranhão, algumas novidades estão sendo observadas.
“Mas uma forma também que pensamos é que haja retorno, onde o internauta participe e contribua para site. Então, no futuro, tentaremos caminhar para que haja esse intercâmbio entre museu digital e o internauta. Inicialmente na Bahia, ele dizia por escrito o que ele achava do conteúdo, dava suas sugestões e observações. Pensamos no em receber essa colaboração para enriquecer mais o trabalho”, complementou Ferretti.
Saiba mais sobre o Museu Afrodigital no Rádio Inovação.