Pesquisa sobre hábitos de vida dos morcegos vão ajudar na preservação da espécie

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Por Ivanildo Santos 26 de julho de 2012

 

posteresUma das pesquisas mais aguardadas durante a programação de pôsteres na 64ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC, em São Luís, será apresentada na sexta-feira(27), a partir das13h, no Ginásio Poliesportivo da Universidade Federal do Maranhão (Ufma). O estudo feito pelo pesquisador maranhense Diego Sena, em parceria com outros pesquisadores, estudou os hábitos da biologia reprodutiva dos morcegos na Grande São Luís.

A pesquisa foi desenvolvida em parceria com professores da Universidade Federal do Maranhão e pôde ser realizado graças ao incentivo do governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), já que Diego é bolsista de mestrado da Fundação. “O subsídio da bolsa de mestrado foi primordial para realizar o nosso projeto”, observou.

O estudo intitulado “Biologia Reprodutiva e Composição de espécies de morcegos em um fragmento da mata amazônica de São Luís” é um levantamento dos variados tipos deste animal que habitam na capital maranhense. A pesquisa foi realizada em uma área de reserva ambiental. “Até porque é em áreas conservadas e de preservação que é possível avaliar melhor o hábito desses animais”.

Sena explicou que o trabalho para acompanhar o comportamento dos animais levou um ano inteiro para ser concluído. A intenção era verificar todo o ciclo reprodutivo do morcego durante este período e a conclusão extraída daí, vai ajudar a desenvolver ações corretas de salva guarda desses animais. “Verificamos que o animal chega ao seu pico reprodutivo durante a estação chuvosa, já que existe uma maior disponibilidade de alimentos, visto que esses morcegos comem frutas, insetos e pólen”, confirmou o pesquisador.

Com o projeto ficou constatada a inexistência, ao menos nessa região, de morcegos do tipo hematófago, o que se alimentam de sangue, e povoa o medo de grande parte da população. Os únicos tipos catalogados, em São Luís, são aqueles que se alimentam de frutas e de variadas espécies de insetos, o que faz com que o grupo de pesquisadores insista na importância do morcego para o controle da população de insetos na cidade.

“A nossa pesquisa tem como objetivo mostrar a importância ecológica dos morcegos e a importância de se elaborar grupos de estudo de forma a promover a preservação desses animais”, destacou Diego Sena. Além disso, a confirmação da ausência de espécies que se alimentam de sangue ajuda a desmistificar o mito que existe sobre os morcegos de animais perigosos.

Apoio da Fapema– Durante os quatro primeiros meses deste ano a Fapema já outorgou 2 mil 655 bolsas de estudo, sem incluir os editais de extensão, de inovação tecnológica, de apoio técnico e o de mestrado e doutorado fora do Estado. No ano passado a Fapema outorgou mais de 8 mil bolsas; investiu cerca de 13 milhões na formação de recursos humanos e no fomento à pesquisa; avaliou mais de mil solicitações, submetidas aos editais já julgados.

Em maio deste ano, para fortalecer a pós-graduação no Estado, a Fapema repassou para as instituições de ensino superior – UFMA, UEMA,CEUMA e IFMA – a gestão das cotas de bolsas para mestrado, doutorado e iniciação cientifica, o que significa que as universidades que definem a quantidade de bolsas que irão disponibilizar para cada programa de pesquisa. O estudo sobre a biologia reprodutiva dos morcegos será apresentada na sexta-feira, dia27, a partir das 13h, no Ginásio Poliesportivo, no Núcleo de Esportes da UFMA.