Edital Universal da FAPEMA é avaliado por consultores de vários estados do Brasil

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Por Ivanildo Santos 5 de julho de 2012

 

Imagem_019A Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão-FAPEMA, convocou uma comissão de consultores ad Hoc-doutores de Universidades da Paraíba, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Tocantins, Pará, Distrito Federal e Maranhão para avaliar as propostas de um dos editais mais concorridos da fundação, o Edital Universal 2012. Todos os integrantes da comissão avaliadora tem conhecimento nas áreas de abrangência.

“O edital tem finalidade de mostrar o que está sendo produzido no Maranhão sobre ciência e tecnologia e possibilitar o intercâmbio e cooperação acadêmica”, pontuou a diretora-presidente da FAPEMA, Rosane Nassar Meireles Guerra. O objetivo é o financiamento de projetos de pesquisa científica e tecnológica, nas diversas áreas do conhecimento, a serem desenvolvidos em instituições de pesquisa e/ou de ensino superior, públicas ou privadas, sem fins lucrativos, sediadas no Maranhão.

Os recursos alocados pela FAPEMA para o edital são da ordem de R$ 3.000.000,00 em projetos a serem desenvolvidos em três faixas, A, B e C. Sendo que as faixas A e B são destinadas a doutores com especificidades no edital para os inscritos e a faixa C destinada a mestres. Em um total de 241 propostas inscritas, foram aprovadas 158, sendo 59 na faixa A, 58 na faixa B e 41 na faixa C.

Para o Professor doutor da Universidade Federal do Paraná -UFPR, Marcelo Beltrão Molento,  o Maranhão tem grande desafio em selecionar projetos de grande relevância, que terão  impacto positivo no desenvolvimento agropecuário e na qualidade de vida dos animais, das comunidades regionais e da economia do estado. Ele elogiou a iniciativa da FAPEMA pela organização, metodologia e estruturação clara no que tange a documentação das propostas do edital e a criação das categorias.

“È um trabalho positivo o da FAPEMA. Alegrou-me muito vê as categorias no edital e a   possibilidade tanto de formar jovens doutores oferecendo incentivo financeiro, como também  o resgate do incentivo de pesquisadores que possam retornar suas atividades. No meu ponto de vista, um dos pontos de avaliação mais importantes em um breve futuro, é a formação profissional”, observou.

Do Museu Paraense Emílio Goeldi- MPEG, veio a professora doutora Marlúcia Bonifácio Martins, que considerou positiva o processo de avaliação do edital por ter na comissão julgadora professores de instituições externas ao estado. Segundo ela, o edital tem o propósito político no sentido de política científica muito importante para região. “É uma estratégia muito interessante quando se está pensando em estimular diferentes perfis de pesquisadores, porque não se podem usar critérios normalmente usados em outros países, misturando tudo”, disse.

“Achei muito inteligente a separação das três faixas não considerando recursos, porque não é o recurso que está norteando as partes e sim o perfil do pesquisador, achei muito apropriado para o fato”.

Segundo a professora Martins, o objetivo de uma fundação não é só pagar pesquisa, mas também fazer política também. “Política de crescimento da qualidade, da inserção. Promover de fato, o aspecto do crescimento da comunidade. A inserção da comunidade dentro da comunidade científica nacional, internacional”, analisou. Para Marlúcia Martins cada uma tem que andar a partir do seu patamar dentro da sua realidade. E levanta um questionamento. “Como colocar um profissional mestre concorrendo com doutores experientes? a chance dele é zero, então essa separação por extrato de perfis, que a FAPEMA apresenta no edital é muito importante e acho que deve ser replicada”, concluiu.

No mesmo tom fala, o professor Sanclayton Moreira , da Universidade Federal do Pará – UFPA, quando diz que o Maranhão está ensinando como deve agir uma fundação com a criação das três faixas. “ Não foi feito por nenhuma fundação a criação das categorias, e isso estimula os pesquisadores a se envolverem mais com as pesquisas, oportunizando a doutores e mestres”, falou. Ele ressalta que o Norte Nordeste não tem as mesmas condições de outras regiões, falta infra-estrutura, massa crítica e o Estado precisa fomentar tais coisas. “Na realidade a FAPEMA está investindo em ciência e tecnologia, que são vetores de desenvolvimento do Estado. Isso vai ter grande repercussão com as pessoas que estão  hoje aqui”, declarou.

Imagem_004O edital Universal lançado pela FAPEMA também foi elogiado pela professora doutora da Universidade Católica de Brasília, Ana Lúcia Assad, que frisou  que os projetos podem ter apoio nacional. “Muito importante destacar que o apoio ao pesquisador local olhando suas necessidades vai permitir cada vez mais a inserção da própria comunidade do Maranhão com apoio local e posteriormente concorrer com apoio nacional, então nesse aspecto o Maranhão está dando show de bola”, conclui.