Iniciadas as atividades do Programa de Pós-Graduação da Bionorte
O Programa de Pós-Graduação da Bionorte é promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, CNPq e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Um programa de doutorado que envolve nove estados brasileiros, agrupados na chamada Amazônia Legal. Ao todo, são 102 alunos dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão, que foram selecionados por meio de edital em dezembro do ano passado e passam a fazer parte do programa em rede que vai durar quatro anos, sendo o Maranhão o estado com o segundo maior número de alunos matriculados no programa com 18 participantes.
A representante da FAPEMA e da Secretaria de Ciência e Tecnologia (SECTEC), Rita de Maria Seabra Nogueira Guerra, parabenizou o empenho de todos os alunos pela resistência e elaboração do projeto que os possibilitou concorrer a uma vaga no curso de doutorado.
Aproveitou, também, para chamar a atenção para os editais de apoio e fomento à pesquisa que estão abertos e outros que ainda serão divulgados em breve, para o financiamento de muitas das pesquisas que serão desenvolvidas a partir de agora pelos futuros doutores.
A relação, de acordo com a coordenadora do programa de pós-graduação Bionorte, é de um doutor para cada 480 habitantes na Amazônia Legal. Para resolver este problema, a implantação do programa de pós-graduação tem a meta de aumentar o número de doutores em mais de 100 doutores anualmente, a partir de 2016. Um investimento de mais de R$ 20 milhões feito pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e das Fundações de Amparo a Pesquisa que será revertido em ganhos sociais, ambientais e culturais para todo o país e em especial para a Amazônia Legal, como afirma a coordenadora do Bionorte no Maranhão e professora da UFMA, Patrícia Albuquerque.
O pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da UFMA, Fernando Carvalho, falou da infraestrutura que está sendo disponibilizada como as salas de aula e a secretaria que já está em funcionamento no prédio do Centro de Estudos Básicos Velho, na Cidade Universitária, antigo campus do Bacanga. “O índice de desenvolvimento científico nesta região da Amazônia Legal ainda é pequeno, por isso a necessidade da produção de tecnologias que incluem a aquisição de patentes, patrimônio intelectual gerado por essas riquezas que a Universidade vai fazer a proteção. Para isso, o pró-reitor, logo na primeira aula do programa de doutorado, prometeu um curso que será organizado para os estudantes do programa entenderem como fazer o pedido de patente, considerado importante para o pró-reitor, no contexto da biotecnologia e biodiversidade.
Já o vice-reitor, Antonio Oliveira, orgulhoso pela implantação do projeto, afirma que o Bionorte é importante não somente para a Universidade, mas para todo estado do Maranhão e região amazônica. Falou ainda da contribuição que estes novos doutores poderão dar e deixar de legado aos primeiros alunos de um programa que apresenta desde o seu nascimento grandes perspectivas de sucesso. Para abrir a primeira aula do programa Bionorte com chave de ouro, os alunos puderam assistir a palestra “A Filogenômica como Interseção entre Evolução e Genômica”, do professor em genética e biologia molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pós-doutor pela Universidade de Stanford (EUA), Horácio Schneider.
Após o pronunciamento das autoridades os doutorandos tiverem a palestra do professor Horácio Schneider, doutor em genética e biologia molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pós-doutor pela Universidade de Stanford (EUA), que abordou o tema “A Filogenômica como Interseção entre Evolução e Genômica.”
Foi por conta disso que, segundo a coordenadora, foi pensada a formação de um curso em rede de doutorado, que teria como objetivo formar doutores para fixar na região amazônica. “O grande problema que temos é que formamos nossos alunos, nossos mestres e eles vão para região Sul e Sudeste, ou até mesmo para o exterior, para fazer doutorado, e por lá ficam. Não voltam mais. Por isso essa grande discrepância de doutores de toda região amazônica em relação às regiões sul e sudeste”, completou.