Câncer de colo uterino é o segundo mais comum no Brasil
O câncer do colo do útero, o segundo tipo de tumor mais frequente entre mulheres, é responsável pelo óbito de aproximadamente 230 mil pacientes por ano no Brasil. Tumores ginecológicos são a denominação genérica que se dá ao câncer de colo uterino, câncer de corpo uterino e câncer de ovário.
A incidência de câncer do colo do útero predomina na faixa etária de 20 a 29 anos e o risco aumenta rapidamente até atingir um pico geralmente na faixa etária entre 45 e 49 anos.
São vários os fatores de risco para esse tipo de câncer. Entre os mais comuns estão: início precoce da atividade sexual; multiplicidade de parceiros sexuais; higiene íntima inadequada; uso prolongado de contraceptivos orais; tabagismo; e, mais recentemente, o vírus do papiloma humano (HPV).
Nas fases iniciais de incidência não há sintomas específicos, e apenas o exame de Papanicolau é capaz de indicar a presença da doença. Em outras fases podem aparecer sintomas como sangramento vaginal ou pequenos sangramentos entre a menstruação; menstruações mais longas e volumosas que o normal; sangramento vaginal após a menopausa; sangramento vaginal após relações sexuais; corrimento vaginal; dor abdominal inferior.
O uso de preservativos durante a relação sexual é considerada a forma primária de prevenção. O sexo seguro é uma das formas de evitar o contágio pelo HPV. A prevenção secundária requer o exame preventivo do colo uterino, também conhecido como Papanicolau, totalmente indolor e que consiste na coleta de material (secreção) do colo útero durante o exame ginecológico. O tratamento adequado pode ser realizado através de cirurgia, podendo ser ou não seguido de radioterapia e quimioterapia.
O câncer de ovário é o tumor ginecológico mais letal, embora seja menos frequente que os tumores de colo de útero. Essa letalidade deve-se ao fato de que a maioria dos casos o diagnóstico é feito tardiamente, uma vez que o seu crescimento é insidioso e apresenta os sintomas tardiamente. Quando diagnosticado precocemente, a cirurgia geralmente é o único tratamento necessário.
A história familiar é o fator de risco mais importante. Mulheres cuja mãe, irmã ou filha tiveram câncer de ovário têm mais risco de ter esse tipo de tumor que a média da população. Mulheres que nunca engravidaram também parecem ter maiores riscos de ter um tumor de ovário. Já a gravidez e a menopausa produzem efeito contrário, reduzindo esse risco. No entanto, cerca de 90% dos tumores de ovário são esporádicos, não apresentando fatores de risco conhecidos.
Os sintomas dessa neoplasia demoram a aparecer e não são específicos, porém os mais comuns são o desconforto na região abdominal inferior e aumento do volume abdominal. Pode ainda ocorrer sintomas de má digestão e constipação intestinal.
O exame clínico, geralmente, falha no diagnóstico de tumores pequenos, porém quando existe suspeita de um câncer ovariano, ultrassonografia pélvica e transvaginal permitem o diagnóstico e avaliação desses tumores.
O câncer de ovário é tratado cirurgicamente. A gravidade da cirurgia depende do tipo específico e do estágio em que se encontra. Se a doença for detectada no início, especialmente em mulheres jovens, é possível remover somente o ovário afetado. Quando a doença já tiver comprometido o ovário, então, ambos os ovários e o útero, assim como linfonodos e estruturas adjacentes, devem ser removidos.
Após a cirurgia para a retirada do tumor as pacientes devem procurar o oncologista para verificar se ainda é preciso complementar o tratamento com quimioterapia.
As orientações e recomendações foram fornecidas pela Dra. Silvana Maria Trippi Moraes Gotardo, diretora da Oncoclin- Oncologia S/C Ltda. www.oncolcinonline.com.br