Maranhão define políticas de ciência, tecnologia e inovação para os próximos dez anos
“Não há estado nem país desenvolvido, justo e sustentável sem investimento em ciência, tecnologia e inovação”. Esta foi a palavra de ordem na abertura da Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação organizada pelo Governo do Estado, com a coordenação da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a parceria da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).
A conferência foi aberta pela secretária da Secti, Natassia Weba e pelo presidente da Fapema, Nordman Wall. O evento, realizado durante dois dias em São Luís, no prédio do curso de arquitetura da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), teve como propósito principal definir as prioridades do estado para os próximos dez anos nesta área vital para o desenvolvimento socioeconômico. Consequentemente, o Maranhão inseriu-se no contexto da Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que está programada para ocorrer em Brasília (DF) no próximo mês de junho.
A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, em mensagem por vídeo, destacou o entusiasmo com o evento, que representa o resgate dos debates no segmento. “A conferência marca o retorno destes debates na área, após 14 anos. É uma oportunidade para ouvir a sociedade e discutir políticas do setor. É um importante espaço de diálogo para refletir sobre o papel deste segmento no país, a partir da escuta entre governos e sociedade. Esperamos a participação ativas na conferência regional e na nacional. Sigamos juntos, sob a liderança do presidente Lula e pelo avanço da ciência”, pontuou.
O secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Inácio Arruda, ministrou a aula magna e parabenizou o governador Carlos Brandão, que foi representado pelo secretário chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, por mobilizar diversos segmentos do ecossistema científico, acadêmico e empresarial para discutir e propor estratégias que vão impulsionar a inovação e a competitividade do estado. As discussões, pautadas na expertise e visão de futuro dos participantes, visam moldar um Maranhão mais próspero e tecnologicamente avançado.
As contribuições e propostas geradas nesta conferência prometem direcionar as políticas e ações governamentais no campo da ciência, tecnologia e inovação, pavimentando o caminho para um futuro de progresso e desenvolvimento sustentável para o estado do Maranhão.
“O papel da conferência é convidar a população para garantir que a gente tenha uma estratégia de ciência e tecnologia voltada para o desenvolvimento social com soberania do nosso país, mas, sobretudo, com a inclusão do povo. Queremos aumentar a riqueza do país para fazer a inclusão do povo e a ciência pode fazer isso, e para isso, precisamos do apoio popular. A Fapema, as fundações de amparo, têm grande participação nessa meta. Agradeço ao Governo do Maranhão, por convocar essa conferência, promovendo importantes debates”, pontuou Inácio Arruda.
Representando o governador Carlos Brandão, o chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, ressaltou a importância dos debates e suas contribuições para o evento nacional. “O mundo avançou nessa área e não poderíamos ficar de fora. Para avançar é preciso investimento, pesquisa e financiamento. O governo do Maranhão está coeso nessa meta, consciente que a ciência e a tecnologia são contribuintes para o desenvolvimento de uma nação”, disse.
A secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Natassia Weba, pontuou a honra em participar do evento, que não acontecia há 14 anos e de ser a primeira mulher a comandar a pasta no estado. “Agora, estamos aqui acompanhando este importante movimento pelo desenvolvimento da ciência e tecnologia no nosso estado e no país. Muita honra ter este espaço, tomado de pessoas competentes e de referência nesta área, que vão contribuir com seus conhecimentos para avançarmos cada vez mais no fazer ciência em nosso estado”, frisou.
Nos dias de programação, a conferência contou com palestra magna, seguida de debates sobre o ecossistema de inovação, programas estratégicos, papel dos jovens nesse cenário e reflexos na economia, no primeiro dia. No encerramento, várias salas de debates técnicos com os temas ‘Ecossistemas de inovação’, ‘Programas estratégicos em ciência, tecnologia e inovação’, ‘Economia do Maranhão’, ‘Juventude na ciência, tecnologia e inovação’, ‘Ciência na base da inovação’, ‘Transição energética’, ‘Bioeconomia’ e ‘Ciência, inovação e comunidade’. Ainda, painéis com os diretores da Fapema, Adriana Carvalho (chefe da Assessoria de Planejamento) e Roberto Cunha (assessor da Diretoria Científica).
No evento, foram elaboradas ações para a estratégia nacional de CT&I, no período de 2025-2035 e para a nova política estadual de ciência e tecnologia. Entre os temas, foram abordados a recuperação do sistema nacional, inovação empresarial na reindustrialização e o papel estratégico do segmento em programas nacionais.
O presidente da Fapema, Nordman Wall ressaltou a mudança de paradigma no setor com a maior inclusão de diferentes agentes no segmento. “Esta conferência é, acima de tudo, um espaço para comemoração. Precisávamos deste debate, destas reflexões sobre os sistemas de ciência e tecnologia, que são importantes para o desenvolvimento do país. A presença de autoridades do estado e dos municípios mostra que a ciência não é mais elitista, ela é para todos. É por meio dela que podemos nos desenvolver, e a partir destes diálogos que podemos avançar e inovar mais. Daqui saírao bons frutos para contribuirmos nacionalmente e com o nosso estado, nesta área”, reiterou.
As contribuições do Maranhão, apresentadas na conferência estadual, foram encaminhadas para compor os debates nacionais e serão integradas ao plano “Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação –