II Encontro Maranhense de Inovação inicia com implantação de Núcleo de Inovação do MA
A inovação, que hoje é apontada como essencial para conquista de novos mercados e para a sustentabilidade de um empreendimento, está sendo discutida por empresários e pesquisadores maranhenses durante o II Encontro Maranhense de Inovação, aberto na noite de quarta-feira, 27, na Fiema. O encontro é realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), que tem trabalhando em conjunto com a Fiema, Sebrae, Ufma, Uema, Ifma e Uniceuma com o intuito de disseminar a cultura da inovação nas empresas. O evento será encerrado nesta sexta-feira, 29, às 17h.
Durante a abertura do evento foi implantado pelo presidente da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez, e pelo representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rodrigo de Araújo Teixeira, o I Núcleo de Inovação do Maranhão que tem como objetivo contribuir com as empresas locais no desenvolvimento de novos produtos ou processos. O núcleo vem se unir a rede que vem sendo implantada em todo país pela CNI. Antônio Vasconcelos, do Ifma, e Marco Moura, do Iel, também participaram da mesa de abertura do evento.
Ao falar sobre a “Inovação no Estado do Maranhão”, a diretora presidente da Fapema, Rosane Nassar Meireles Guerra, lembrou que o II Encontro de Inovação é o cumprimento de uma promessa feita no primeiro encontro, realizado ano passado. “Este ano ele não se chama mais inovação tecnológica para se dissociar um pouco da academia e ficar mais próximo do empresariado e da sociedade”, observou.
A expectativa, segundo a presidente, é que o Maranhão continue crescendo e ampliando seu número de patente que já contabilizam 39. “Este é um número bastante expressivo para o Estado. É o que tenho dito: sem ciência e tecnologia não há progresso possível e a inovação faz parte dessa cadeia. Além da ciência e da tecnologia a inovação é importante para o progresso”, enfatizou Rosane Guerra.
O presidente da Fiema disse que as empresas vivem um novo momento em que os procedimentos que ao longo do tempo vinham sendo adotados não são totalmente válidos para hoje. “A inovação procura nos atualizar e descobrir novos métodos, maneiras e procedimentos que devemos adotar para sermos competitivos. Hoje, a empresa que não inova e não cria, fica defasada e perde competitividade”, disse.
Núcleo de Inovação – O Maranhão é o primeiro estado do Nordeste a implantar um Núcleo de Inovação. Ele será o pólo de discussão e de troca de experiência onde serão formatados e elaborados projetos para que as empresas possam, com esses projetos, conseguir recursos para inovação.
Atualmente, apenas seis mil empresas brasileiras fazem pesquisas e 30 mil declaram inovar. A meta da CNI, expressa no Manifesto da Inovação assinado em 2009, é dobrar o número de empresas inovadoras até 2012.
Rodrigo Teixeira, da CNI, contou que o Brasil tem evoluído nas questões de tecnologia desde que foram criados mecanismos favoráveis a este processo. “De fato existem algumas empresas que já encararam a inovação como essencial para sua competitividade. A questão que estamos trabalhando hoje é de como disseminar esse processo cultural da sociedade brasileira e na indústria como um todo, temos que ter mais volume no processo de inovação”. O encontro, segundo Rodrigo, é essencial para o processo construtivo de uma cultura de inovação nas empresas.
Nesta sexta-feira, 29, último dia do encontro, os trabalhos começam às 9h com a palestra “Inovar para lucrar”, seguida da palestra sobre “programa de Incentivo à Inovação”, “Projeto de Inovação”, “Programas e Instrumentos de Apoio a Inovação. Paralelos às palestra acontecem rodadas de negócios e mostras de tecnologias com exposição de protótipos. O encerramento dos trabalhos será às 17h.