Ministro diz que conferência de C,T&I representa momento histórico para o Brasil

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira (28), na 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, o ministro Sérgio Rezende comemorou a ampla participação dos setores envolvidos nas discussões que nortearam a conferência. “Os setores mais importantes da academia, centros de pesquisa, empresas públicas e privadas, sociedade civil e governos estadual e federal estiveram presentes ao longo desses três dias de sessões densas. Fechamos essa conferência com o sentimento de satisfação e com a certeza de que este é um momento histórico para a ciência brasileira”.

Para o ministro, as propostas que serão deixadas para a próxima década são boas e importantes e a tônica dada às discussões destacou, sobretudo, mais investimentos em pesquisa e a inovação na agenda empresarial do país, além de sustentabilidade.

Sérgio Rezende advertiu que a ciência ainda é muito nova no país. O início da formação de mestres e doutores, por exemplo, tem menos de quarenta anos. “Se a ciência é recente nas academias, é mais recente ainda nas empresas, que não têm a cultura de investir em pesquisa e pesquisa requer tempo para gerar resultados. Contudo, esse quadro tem mudado muito com a lei de inovação e os projetos de subvenção econômica nas empresas, já que assim o governo divide com o setor produtivo o risco de inovação, compartilha as responsabilidades e os custos. Isso é a inovação na nova agenda empresarial”.

Ele adiantou também aos pesquisadores brasileiros que a dificuldade de compra de equipamentos e suprimentos, que gera uma desvantagem em relação a outros países, está próxima de acabar. “A atividade de pesquisa é diferente de qualquer outro tipo de atividade, entretanto, se o pesquisador necessita fazer uma compra ele é regulado pela lei de licitação, que regula a compra no setor público. Entendemos que isso às vezes dificulta e atrasa o nosso avanço em termos de pesquisa e inovação, se comparados aos países estrangeiros. Por isso, estamos estudando uma forma de criar um regime especial para compra, quando se tratar de pesquisador”, assegurou.

A coletiva de imprensa convocada pelo ministro foi motivada, também, pela divulgação de que o Tribunal de Contas aprovou acórdão prorrogando, até o fim do ano, a concordância de que as fundações de universidades continuem trabalhando com gestão de orçamentos. O tema que gerou polêmica na academia deve ser resolvido, definitivamente, segundo Rezende, com a medida provisória que está sendo encaminhada ao Congresso Nacional, legalizando as fundações credenciadas ao MCT.