Empresários são orientados sobre elaboração de projetos

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Por Ivanildo Santos 9 de abril de 2010

oficina-no-iel“Temos ideias inovadoras, mas nunca colocamos em prática, porque muitas vezes não dispomos de recursos para apostar na produção de uma nova tecnologia”, confessou o empresário do ramo de engenharia para indústrias, Ângelo Nunes, durante oficina promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). O treinamento foi oferecido, entre os dias 05 e 08 deste mês, para consultores da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), empresários e inventores.

O coordenador de Inovação e Empreendedorismo (CIE) da Fapema, Tonicley Alexandre da Silva, apresentou o edital do Programa de Apoio à Pesquisa na Empresa (Pappe – subvenção econômica), que surgiu com a proposta de solucionar problemas como o do empresário Ângelo. “As empresas têm a chance de buscar fontes de recursos que não precisam ser reembolsados. É uma forma de investimento, na qual o empresário só vai ter que arcar com a execução do projeto”, reforça Tonicley.

Pelo Pappe – subvenção econômica, os projetos selecionados podem receber apoio financeiro que varia de R$ 120 mil a R$ 180 mil. A proposta pode ser submetida até o dia 30 de abril, no endereço www.fapema.br/patronage, e a documentação completa deverá ser entregue no protocolo da Fundação até o dia 03 de maio. O passo seguinte é a análise do material, por equipe de consultores da Fapema, Finep, Fiema e Sebrae/MA.

Na oficina promovida nesta semana, foram indicados os caminhos para a elaboração dos projetos. Quem ainda estiver em dúvida ou mesmo aqueles que não participaram do treinamento podem solicitar orientação individual, na CIE, com hora marcada. O telefone para agendamento é 2109-1445.

Investimento em Inovação  

A coordenadora da área de Integração Universidade-Indústria do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Michele Vale, disse que os empresários maranhenses ainda veem a inovação distante de seus negócios. Ela acredita que, neste momento, estão sendo dados os primeiros passos para a sensibilização do empresariado local. “É necessária uma aproximação com a academia. O desenvolvimento do setor produtivo sempre está atrelado ao conhecimento científico, com o apoio das universidades e de suas fontes de pesquisa”, defende Michele.

Para Tonicley Silva, inovação deixou de ser item supérfluo para se tornar questão de sobrevivência. “A empresa que não inova tem dificuldades de se manter no mercado”, aponta. O apoio à pesquisa no setor produtivo abre oportunidade para que sejam melhorados processos e produtos, com recursos externos à empresa. “É a oportunidade de criar alguma coisa que a gente já vem pensando”, comemora o empresário Ângelo Nunes.